São Paulo, terça-feira, 16 de março de 2010

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Bolsa recua com cenário negativo nos EUA

Proposta de regulação bancária desagrada; dólar vale R$ 1,765

DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE

A Bolsa de Valores brasileira teve, ontem, seu terceiro dia seguido de perdas: recuou 0,46%, para 69.023 pontos. No entanto, na opinião dos analistas de mercado, até que reagiu relativamente bem às más notícias que vieram do exterior. "Por isso, apesar da queda, pode-se dizer que o pregão foi positivo", afirma Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.
O giro financeiro foi de R$ 10,62 bilhões, bem acima do normal (de cerca de R$ 6,5 bilhões por dia). O volume da Bolsa foi inflado pelo vencimento dos contratos de opções, que hoje movimentou R$ 5,03 bilhões.
O dólar comercial ficou estável, vendido a R$ 1,765. No ano, acumula valorização de 1,26%.
Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou com avanço de 0,16%, e a Nasdaq, que reúne ações de empresas do setor de tecnologia, caiu 0,23%.
Segundo Bandeira, a proposta do democrata Chris Dodd, presidente da Comissão de Bancos do Senado Americano, de aumentar a regulação sobre o setor financeiro americano causou apreensão e desconfiança nos mercados.
Outro motivo para apreensão foi a advertência, pela agência de classificação de risco Moody's, sobre a situação das contas públicas no Reino Unido e nos EUA. Por conta desse problema fiscal, a nota dessas economias pode ser rebaixada, alertou a agência.
A agenda econômica mais intensa desta semana está elevando o nível de cautela dos investidores. Hoje, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) reúne-se para decidir sobre a política de juros da maior economia do planeta. A maioria dos analistas não aguarda novidades: a "banda" de juros entre zero e 0,25% ao ano deve ser mantida. O comunicado oficial, no entanto, pode ser motivo de algum estresse.
"É preciso lembrar que recentemente alguns membros do Comitê declararam que o BC deve remover do comunicado a linguagem frequentemente usada para reafirmar seu compromisso de que manterá o juro muito baixo por um "período prolongado". Por isso, se o comunicado surpreender de alguma forma, os mercados poderão voltar a ficar mais cautelosos", comentou Miriam Tavares, diretora da AGK Corretora, em seu relatório diário sobre o mercado financeiro.


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