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Bolsa recua com cenário negativo nos EUA
Proposta de regulação bancária desagrada; dólar vale R$ 1,765
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
A Bolsa de Valores brasileira
teve, ontem, seu terceiro dia seguido de perdas: recuou 0,46%,
para 69.023 pontos. No entanto, na opinião dos analistas de
mercado, até que reagiu relativamente bem às más notícias
que vieram do exterior. "Por isso, apesar da queda, pode-se dizer que o pregão foi positivo",
afirma Álvaro Bandeira, diretor
da corretora Ágora.
O giro financeiro foi de R$
10,62 bilhões, bem acima do
normal (de cerca de R$ 6,5 bilhões por dia). O volume da
Bolsa foi inflado pelo vencimento dos contratos de opções,
que hoje movimentou R$ 5,03
bilhões.
O dólar comercial ficou estável, vendido a R$ 1,765. No ano,
acumula valorização de 1,26%.
Nos EUA, a Bolsa de Nova
York fechou com avanço de
0,16%, e a Nasdaq, que reúne
ações de empresas do setor de
tecnologia, caiu 0,23%.
Segundo Bandeira, a proposta do democrata Chris Dodd,
presidente da Comissão de
Bancos do Senado Americano,
de aumentar a regulação sobre
o setor financeiro americano
causou apreensão e desconfiança nos mercados.
Outro motivo para apreensão foi a advertência, pela agência de classificação de risco
Moody's, sobre a situação das
contas públicas no Reino Unido e nos EUA. Por conta desse
problema fiscal, a nota dessas
economias pode ser rebaixada,
alertou a agência.
A agenda econômica mais intensa desta semana está elevando o nível de cautela dos investidores. Hoje, o Fed (Federal Reserve, o banco central
americano) reúne-se para decidir sobre a política de juros da
maior economia do planeta. A
maioria dos analistas não
aguarda novidades: a "banda"
de juros entre zero e 0,25% ao
ano deve ser mantida. O comunicado oficial, no entanto, pode
ser motivo de algum estresse.
"É preciso lembrar que recentemente alguns membros
do Comitê declararam que o
BC deve remover do comunicado a linguagem frequentemente usada para reafirmar seu
compromisso de que manterá o
juro muito baixo por um "período prolongado". Por isso, se o
comunicado surpreender de alguma forma, os mercados poderão voltar a ficar mais cautelosos", comentou Miriam Tavares, diretora da AGK Corretora, em seu relatório diário sobre o mercado financeiro.
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