São Paulo, terça-feira, 16 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

IRÃ LIDERA
O Irã desbancou a Rússia e assumiu, pela primeira vez, a liderança na importação de carne bovina "in natura" do Brasil. Os gastos do país subiram para US$ 15,8 milhões na primeira semana deste mês, 7,5% a mais do que os da Rússia.

DE VENTO EM POPA
O aumento das compras do Irã surpreende até o setor de carne bovina, que não esperava uma evolução tão rápida. As vendas totais de carne "in natura" do Brasil somaram 18,7 mil toneladas, com receitas de US$ 67,3 milhões.

INDUSTRIALIZADA
As vendas de carne bovina industrializada somaram 3.724 toneladas no período, com receitas de US$ 13 milhões. Os Estados Unidos se mantiveram na liderança, com gastos de US$ 5,3 milhões, seguidos do Reino Unido -US$ 3,1 milhões.

ORGÂNICOS
O setor brasileiro de alimentos orgânicos quer aproveitar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 para ampliar o mercado. Ingo Plöger, presidente da IP Consultoria, diz que é possível duplicar ou até triplicar as vendas, que hoje somam US$ 400 milhões (consumo interno e exportação).

COMPETIÇÃO
Plöger diz que pode haver migração de produtores para a cultura orgânica em busca de mercado diferenciado, maior valor agregado e menos competição. Mas reconhece que ainda falta divulgação para motivar produtores e consumidores.

RITMO MENOR
A importação de adubos é menor neste mês do que em fevereiro. Segundo a Secex, os gastos médios de março recuaram para US$ 8,4 milhões por dia útil, 36% abaixo dos de fevereiro, mas ainda 242% acima dos de março de 2009.

REABERTURA
A Rússia poderá reabrir o mercado para o frango dos EUA se houver progresso nas conversações entre os dois países. Foi o que disse à Reuters o principal negociador russo.

MAIS ALTA
As chuvas que afetaram várias regiões produtoras de feijão no país reduziram a safra e a qualidade do grão, fazendo subir os preços. O valor médio pago ao produtor pela saca de 60 quilos passou de R$ 75,28 para R$ 115 em um ano -mais 53%.

SEM FEIJÃO
João Ruas, técnico da Conab, estima que, devido à má qualidade, apenas 45% da primeira safra do ano tenha sido comercializada. A escassez se tornou ainda mais evidente a partir da segunda safra, quando menos áreas foram plantadas. O motivo seria a falta de estímulo dos produtores pelos baixos preços em vigor desde 2008.


com FLÁVIA MARCONDES


Texto Anterior: Petrobras: Capitalização rende até R$ 60 bi, diz Lobão
Próximo Texto: Agência diz que examina rebaixar ricos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.