São Paulo, quinta-feira, 16 de julho de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

PODERIA SER PIOR
A forte queda no preço da carne suína ocorre no momento em que há redução na oferta de bois, o que mantém pressionados os preços da carne bovina. Se a crise na suinocultura estivesse ocorrendo em período de boa oferta de bois, a situação seria pior.

SUBSTITUIÇÃO MAIOR
A substituição da carne suína pela bovina pelo consumidor seria ainda maior, derrubando ainda mais o preço da primeira.

PERDA DE RENDA
Normalmente, o preço do quilo do suíno vivo era o correspondente ao valor do quilo do toucinho no varejo. A defasagem para o produtor é tão grande, hoje, que o suíno vivo vale R$ 2,13 por quilo, contra de R$ 3,99 a R$ 5,99 do toucinho.

DIFÍCIL PARAR
A sobrevivência da suinocultura nesta crise é bem mais difícil do que a das outras carnes. Enquanto os bois são alimentados com capim, de baixo custo, e a avicultura pode pisar no freio da produção devido ao ciclo curto, a suinocultura demora pelo menos dez meses para uma reação da oferta.

SAFRA LENTA
As chuvas impedem o avanço da colheita de cana na região centro-sul. Os dias parados são muitos, principalmente no Paraná, onde o aproveitamento do tempo disponível para a colheita foi de apenas 61% em junho, segundo a Unica.

QUEDA DE QUALIDADE
A quantidade de ATR (produtos obtidos por tonelada de cana) na segunda quinzena de junho foi de 133,02 kg de açúcares totais, 1,61% inferior ao da mesma quinzena da safra anterior. O total de cana moída já soma 176 milhões de toneladas nesta safra.

QUEDA NO PREÇO
Os preços recebidos pelos produtores paulistas recuaram 0,94% na primeira quadrissemana deste mês (últimos 30 dias) em relação a igual período de junho, segundo o Instituto de Economia Agrícola. Os produtos de origem vegetal recuaram 3,5%, mas o de origem animal ainda mantém alta: 5,5%.

PREVENÇÃO
A CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) quer se aproximar mais das usinas e produtores de cana-de-açúcar neste ano para evitar a propagação do fogo proveniente das queimadas na rede elétrica. A empresa investirá R$ 7,3 milhões.

CAFÉ E AÇÚCAR
Os contratos futuros de café subiram 2,1% ontem em Nova York, a maior alta em cinco semanas. O açúcar também teve dia de aumento. Nos dois casos, a explicação é a queda do dólar no mercado internacional.


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