São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 2002 |
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EMPRESAS Italiana Cirio deve fechar capital da Bombril para encontrar comprador A Cirio Finanziaria (braço do grupo Cirio) informou ontem que pretende fechar o capital da Bombril até o final deste ano. Não é a primeira vez que a empresa tenta promover o fechamento de capital da subsidiária. Em maio de 2001, os controladores assumiram com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) um termo em que se comprometiam a fechar o capital e adquirir todas as ações que tinham como titulares do BNDESPar (empresa de participações do BNDES) e fundos de pensão por R$ 19,50. Pelo mesmo acordo, Sérgio Cragnotti, controlador do grupo Cirio, assumia doar R$ 1 milhão para a CVM e mais R$ 1 milhão para o programa Comunidade Solidária, a título de ressarcimento de despesas administrativas. Em troca, a CVM não ofereceria notícia crime ao Ministério Público contra Cragnotti por supostas irregularidades nas transferências de ações. Como não conseguiu vender uma de suas linhas para um grupo americano, a empresa ficou sem capital para cumprir o acordo. Em abril deste ano, a CVM aplicou multa de R$ 62,5 milhões a Cragnotti pela operação que lesara os acionistas. Em julho, mais um escândalo: a CVM ameaçou ir à Justiça contra os controladores da Bombril devido a suspeitas de envio irregular de US$ 1,3 bilhão ao exterior entre 1996 e 2001. O anúncio da nova tentativa de fechamento de capital fez as preferenciais ações da Bombril fecharem em alta de 8,6% ontem. Segundo analistas, a demanda pelo papel aumentou porque os investidores poderiam ter lucro em oferta pública que os controladores seriam obrigados a fazer para recomprar as ações. A Cirio diz que o fechamento do capital vai permitir encontrar um comprador para a Bombril. (JOSÉ ALAN DIAS, DA REPORTAGEM LOCAL) Texto Anterior: Panorâmica - Bancos: Lucro do BBV sobe 290,5% no semestre Próximo Texto: Aviação: Varig finaliza escolha do novo presidente Índice |
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