|
Texto Anterior | Índice
AGROTÓXICO
Ação ocorreu em 4 Estados
Contrabando leva 29 a serem detidos pela PF
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Em uma operação conjunta da
Polícia Federal e do Ministério
Público Federal, 29 pessoas foram
presas ontem nos Estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná e Goiás, sob a acusação de
falsificação e contrabando de
agrotóxicos, como inseticidas,
herbicidas e fungicidas.
Foram expedidos, no total, 31
mandados de prisão para pessoas
supostamente envolvidas em diversas atividades dentro do esquema, que contava com a participação de empresários e funcionários públicos -entre eles, dois
policiais civis. Restavam, no início
da noite de ontem, ainda dois
acusados a serem presos.
Apenas no Rio Grande do Sul, a
Operação Caá-Ete (uma referência a erva-mate, em guarani), a PF
atuou em 12 cidades: Vacaria,
Passo Fundo, Palmeira das Missões, Pejuçara, Catuípe, Cruz Alta,
Ijuí, São Luiz Gonzaga, São Borja,
Porto Xavier, Santa Cruz do Sul e
Santana do Livramento.
Ao todo, foram pelo menos 19
municípios nos quatro Estados.
Em Santa Catarina, houve prisões
ou ações de busca e apreensão em
Itajaí, Balneário Camboriu e Florianópolis; no Paraná, em Curitiba e Campo Mourão; e em Goiás,
em Cristalina e Paracatu.
De acordo com a PF, que acompanhava o caso já havia seis meses, a quadrilha movimentava R$
1,5 milhão mensalmente. Isso
equivale a cinco toneladas de
agrotóxicos.
De acordo com o delegado Ildo
Gasparetto, da PF, parte do contrabando entrava no Brasil por
Ciudad del Este, no Paraguai (divisa com Foz do Iguaçu, no Paraná), e Rivera, no Uruguai (divisa
com a cidade gaúcha de Santana
do Livramento).
O grupo é acusado de praticar
os delitos de contrabando, estelionato, crime contra a ordem tributária e o meio ambiente, falsidade
ideológica, falsificação de agrotóxicos e formação de quadrilha,
entre outros. Segudno a PF, seus
integrantes podem ter de cumprir
penas de até 15 anos de prisão.
Texto Anterior: Sobrevivência do setor requer regras diferentes Índice
|