São Paulo, sábado, 16 de setembro de 2000

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Protestos continuam na Europa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os protestos contra os altos preços dos combustíveis continuam espalhados por toda a Europa.
Na Alemanha, o governo abriu canais de negociação com as transportadoras, numa tentativa de conter os protestos, para que não prejudiquem fortemente as atividades país, como aconteceu na França e no Reino Unido.
O primeiro-ministro alemão, Gerhard Schroeder, disse que irá pressionar os outros governos europeus para a adoção de medidas que corrijam eventuais distorções nos impostos praticadas em cada país. Ainda assim, não deu nenhum sinal de redução das taxas.
Os bloqueios feitos por caminhoneiros nas estradas do país estão aumentado. Nas refinarias, os trabalhos também continuam prejudicados.
As ruas de Barcelona, na Espanha, estão com tráfego complicado. Os caminhoneiros espanhóis não estão fazendo bloqueios, mas dirigem seus veículos em baixa velocidade, complicando o trânsito.
Além dos caminhões, aproximadamente 4.000 pessoas protestam a pé contra os aumentos dos combustíveis. O objetivo é provocar um colapso nas principais cidades do país.
Na Irlanda, os caminhoneiros seguiram adiante, ontem, com as manifestações nas estradas, como parte da paralisação geral de 24 horas, depois que o governo rejeitou a reivindicação de redução dos impostos em um terço.
A situação deve piorar na Hungria. Caminhoneiros avisaram que "medidas radicais" não estão descartadas. O anúncio foi feito depois que uma companhia local anunciou que deverá aumentar em 2,7% seus preços para o petróleo e em 5,4% para o diesel.
Holanda, Polônia e Grécia também estão sendo afetadas pelos protestos. A polícia holandesa avalia que a situação está sob controle, e as manifestações, que continuam prejudicando o tráfego, ocorrem em escala bem menor e são feitas por grupos isolados.

Normalidade
No Reino Unido e na Bélgica, onde os protestos praticamente já terminaram, comércio, turismo, hospitais e escolas, paralisados pela falta de combustíveis, começam a retomar suas atividades normais.
Motoristas de distribuidoras de combustíveis britânicas estão fazendo hora extra para garantir o abastecimento dos postos. De acordo com fornecedores, 3.500 entregas foram feitas ontem, 500 a mais do que em um dia normal.
Locutores de rádios locais estão sendo acusados de provocar a corrida aos postos, devido ao tom grave dado ao noticiário sobre a crise dos combustíveis. Mais de 180 escolas permaneciam fechadas ontem.
Nos supermercados, que registraram, nos últimos dias, vendas semelhantes às alcançadas no Natal, o movimento já se normalizou.
A Itália também está livre de protestos, após acertar um pacote de medidas compensatórias com as transportadoras.


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