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Protestos continuam na Europa
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Os protestos contra os altos
preços dos combustíveis continuam espalhados por toda a
Europa.
Na Alemanha, o governo
abriu canais de negociação
com as transportadoras, numa
tentativa de conter os protestos, para que não prejudiquem
fortemente as atividades país,
como aconteceu na França e no
Reino Unido.
O primeiro-ministro alemão,
Gerhard Schroeder, disse que
irá pressionar os outros governos europeus para a adoção de
medidas que corrijam eventuais distorções nos impostos
praticadas em cada país. Ainda
assim, não deu nenhum sinal
de redução das taxas.
Os bloqueios feitos por caminhoneiros nas estradas do país
estão aumentado. Nas refinarias, os trabalhos também continuam prejudicados.
As ruas de Barcelona, na Espanha, estão com tráfego complicado. Os caminhoneiros espanhóis não estão fazendo bloqueios, mas dirigem seus veículos em baixa velocidade,
complicando o trânsito.
Além dos caminhões, aproximadamente 4.000 pessoas protestam a pé contra os aumentos
dos combustíveis. O objetivo é
provocar um colapso nas principais cidades do país.
Na Irlanda, os caminhoneiros seguiram adiante, ontem,
com as manifestações nas estradas, como parte da paralisação geral de 24 horas, depois
que o governo rejeitou a reivindicação de redução dos impostos em um terço.
A situação deve piorar na
Hungria. Caminhoneiros avisaram que "medidas radicais"
não estão descartadas. O anúncio foi feito depois que uma
companhia local anunciou que
deverá aumentar em 2,7% seus
preços para o petróleo e em
5,4% para o diesel.
Holanda, Polônia e Grécia
também estão sendo afetadas
pelos protestos. A polícia holandesa avalia que a situação
está sob controle, e as manifestações, que continuam prejudicando o tráfego, ocorrem em
escala bem menor e são feitas
por grupos isolados.
Normalidade
No Reino Unido e na Bélgica,
onde os protestos praticamente já terminaram, comércio, turismo, hospitais e escolas, paralisados pela falta de combustíveis, começam a retomar suas
atividades normais.
Motoristas de distribuidoras
de combustíveis britânicas estão fazendo hora extra para garantir o abastecimento dos
postos. De acordo com fornecedores, 3.500 entregas foram
feitas ontem, 500 a mais do que
em um dia normal.
Locutores de rádios locais estão sendo acusados de provocar a corrida aos postos, devido
ao tom grave dado ao noticiário sobre a crise dos combustíveis. Mais de 180 escolas permaneciam fechadas ontem.
Nos supermercados, que registraram, nos últimos dias,
vendas semelhantes às alcançadas no Natal, o movimento já
se normalizou.
A Itália também está livre de
protestos, após acertar um pacote de medidas compensatórias com as transportadoras.
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