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TIW deve vender sua parte em telefônicas
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S/A
O grupo canadense TIW (Telesystem International Wireless)
contratou o banco americano Salomon Brothers para vender sua
participação na Telpart, a holding
de telefonia que controla a Telemig Celular e a Tele Norte Celular.
O TIW é sócio dos fundos de pensão e do Opportunity na Telpart e
estava no meio de um contencioso judicial entre os sócios.
O TIW e os fundos tinham entrado na Justiça pedindo a destituição do banco de Daniel Dantas
do papel de controlador da Telpart. Os quatro fundos que estavam com o TIW na ação eram os
seguintes: Previ (Banco do Brasil),
Petros (Petrobras), Funcef (Caixa
Econômica Federal) e Telos (dos
empregados da Embratel).
Já há pelo menos um forte candidato à compra da parte do TIW
na Telpart. Trata-se da Portugal
Telecom, que contratou no Brasil
o banco Pactual e no exterior o
Deutsche Bank para assessorá-lo
no negócio.
O advogado carioca Luís Cantidiano também foi constituído pela Portugal Telecom para negociar com o TIW.
Com essa decisão, o TIW desiste
do processo que movia contra o
Opportunity. Os fundos de pensão e o TIW entraram com ação
judicial dia 15 de julho para tirar o
banco de Daniel Dantas do controle das duas empresas de celulares (Telemig e Tele Norte), adquiridas pelo consórcio Telpart no
leilão da Telebrás, em julho de
1998. O consórcio era formado
pelo TIW, com 49% de participação, os fundos, com 24%, e o Opportunity, com 27%. A Telpart
pagou US$ 649 milhões pelo controle da Telemig Celular e US$ 161
milhões pelo da Tele Norte Celular. Dois meses após a privatização, o Opportunity, com apoio
dos fundos, criou a empresa Newtel, que assumiu o controle das telefônicas.
Há cerca de um mês, a 9ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro cassou a liminar que
havia sido obtida pelo TIW e pelos fundos de pensão contra o Opportunity. O TIW se desinteressou pelo negócio.
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