São Paulo, sábado, 16 de setembro de 2006

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Brasil receberá fatia pequena de investimento em emergentes

DO ENVIADO ESPECIAL A CINGAPURA

Os mercados emergentes devem receber investimentos diretos ao setor produtivo recordes em 2006.
Dos US$ 200 bilhões previstos, apenas US$ 12,4 bilhões (6,2% do total) serão dirigidos ao Brasil. A China receberá US$ 57 bilhões (28,5%).
As projeções de fluxo de investimentos diretos foram divulgadas ontem pelo IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês), que representa os 360 maiores bancos do mundo.
Entre os grandes emergentes, o Brasil só vai receber mais que a Índia, que terá US$ 7 bilhões (3,5%), atrás da Turquia (US$ 22 bilhões/11%) e da Rússia (US$ 13 bilhões/6,5%).
No total, os fluxos financeiros privados aos mercados emergentes (que incluem investimentos diretos, em ações, títulos etc.) neste ano devem atingir US$ 418 bilhões, o segundo maior recorde, abaixo dos US$ 480 bilhões de 2005.
Esse cenário, porém, dependerá fortemente do desempenho da economia mundial daqui em diante, especialmente dos EUA, alertou William Rhodes, vice-presidente do IIF e presidente do Citibank.
Rhodes se mostrou contrariado com o que chamou de "falta de progresso" do FMI para perseguir correção nos desequilíbrios globais.
"Nenhum progresso foi obtido desde a última reunião do Fundo [em abril], quando foi dado ao órgão mandato para atacar esses problemas", disse. "Se uma crise ocorrer, os mais afetados devem ser países mais endividados [como o Brasil] e os que têm maiores déficits externos [Turquia e Índia]." (FCZ)


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