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Brasil receberá fatia pequena de investimento em emergentes
DO ENVIADO ESPECIAL A CINGAPURA
Os mercados emergentes devem receber investimentos diretos ao setor produtivo recordes em 2006.
Dos US$ 200 bilhões previstos, apenas US$ 12,4 bilhões
(6,2% do total) serão dirigidos
ao Brasil. A China receberá
US$ 57 bilhões (28,5%).
As projeções de fluxo de investimentos diretos foram divulgadas ontem pelo IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês), que representa os 360 maiores bancos do mundo.
Entre os grandes emergentes, o Brasil só vai receber mais
que a Índia, que terá US$ 7 bilhões (3,5%), atrás da Turquia
(US$ 22 bilhões/11%) e da Rússia (US$ 13 bilhões/6,5%).
No total, os fluxos financeiros privados aos mercados
emergentes (que incluem investimentos diretos, em ações,
títulos etc.) neste ano devem
atingir US$ 418 bilhões, o segundo maior recorde, abaixo
dos US$ 480 bilhões de 2005.
Esse cenário, porém, dependerá fortemente do desempenho da economia mundial daqui em diante, especialmente
dos EUA, alertou William Rhodes, vice-presidente do IIF e
presidente do Citibank.
Rhodes se mostrou contrariado com o que chamou de
"falta de progresso" do FMI para perseguir correção nos desequilíbrios globais.
"Nenhum progresso foi obtido desde a última reunião do
Fundo [em abril], quando foi
dado ao órgão mandato para
atacar esses problemas", disse.
"Se uma crise ocorrer, os mais
afetados devem ser países mais
endividados [como o Brasil] e
os que têm maiores déficits externos [Turquia e Índia]."
(FCZ)
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