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Foco
Ex-vendedora acha que trabalho feminino está sendo mais valorizado
ÁLVARO FAGUNDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para Renata Carvalho de
Souza, 22, foi "muito pouco" o
tempo em que ela ficou desempregada. Trabalhando
como recepcionista em uma
fábrica de tubos de São Paulo,
ela afirma que a mulher está
sendo mais valorizada no
mercado de trabalho.
"Pelo que eu vejo aqui na
fábrica, eles consideram que
as mulheres se esforçam
mais", diz Souza, que trabalhou durante quatro anos como vendedora.
Mas, na opinião dela, nem
sempre foi assim. Antes havia
muito preconceito, afirma.
"Os homens tinham medo de
a mulher ganhar mais, de se
tornar independente."
Já a operadora de caixa
Marta de Campos, 28, considera que o preconceito ainda
não acabou. "Dependendo do
cargo, se o salário for mais
alto, ainda há uma preferência pelos homens", disse
a funcionária, que, depois
de ficar 15 dias sem emprego, trabalha em uma casa
lotérica da capital paulista.
Filha de uma dona-de-casa e de um aposentado,
Souza conta que, entre seus
amigos, homens e mulheres têm dificuldades parecidas na hora de encontrar
trabalho, com uma leve
vantagem para elas. Todas
suas amigas, diz, estão empregadas, mas há "uns dois
amigos que estão em casa".
O irmão dela, de 32 anos,
nunca ficou desempregado.
Além do trabalho como
recepcionista, ela está no
primeiro semestre da faculdade de moda. Para o futuro, ela planeja ter uma empresa de confecção. "Eu sonho em participar do São
Paulo Fashion Week."
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