São Paulo, quarta-feira, 16 de setembro de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

NADA MAU
A entrega de adubos voltou a superar 2 milhões de toneladas no mês passado, batendo, inclusive o volume de agosto de 2008 (2,1 milhões). No acumulado do ano, no entanto, ainda há queda de 19% nas entregas.

EM QUEDA
Os gastos nacionais com as importações de adubos deste mês continuam em queda em relação aos de setembro de 2008, no início da crise mundial. Em relação a agosto último, no entanto, cresceram 31%, segundo a Secex.

EMERGENTES
Cerca de 70% das exportações brasileiras de carne bovina vão para países emergentes. Há uma década, as vendas para esses países representavam apenas 10% do total. Nesse período, "os embarques brasileiros quintuplicaram", disse Andy Duff, especialista do Rabobank, na InterConf (encontro de pecuaristas), em Goiânia.

CALAMIDADE
Antenor Nogueira, presidente do Fórum de Pecuária de Corte, disse ontem na Interconf que somente dois produtos brasileiros pagam impostos nas exportações: armas e couros. "É uma calamidade."

AUSÊNCIA
A presidente da CNA, Katia Abreu, não compareceu à abertura do encontro do pecuaristas ontem, em Goiânia, onde faria a palestra inaugural. O encontro reúne pelo menos mil pecuaristas, segundo a direção do evento.

NOVO MERCADO
Otávio Cançado, da Abiec (associação dos exportadores), se encontra hoje com o economista-chefe do Usda, Mathew Shane, em Moscou. Na pauta, mais uma vez, a abertura do mercado dos EUA à carne brasileira "in natura".

NÃO ESTÁ TÃO RUIM
A crise econômica russa não evoluiu tanto como o setor exportador de carnes imaginava. Com isso, as vendas brasileiras deste mês àquele país já melhoraram, e "a Rússia não passa mais a ser um grande problema", diz Cançado.

NOTÍCIA BOA
Os russos redefinem as chamadas cotas de importações de carnes bovinas no início de outubro. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai devem ficar com pelo menos 80% do total a ser liberado, informa Cançado. Antes, Estados Unidos e União Europeia levavam a maior parte.

NA CONTRAMÃO
Os preços das commodities agrícolas voltaram a subir ontem na Bolsa de Chicago. A alta ocorreu devido à previsão de clima desfavorável nos Estados Unidos. O milho liderou, com alta de 9,1%.


com KARLA DOMINGUES


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