São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RETOMADA

Na metade das 14 áreas pesquisadas, expansão chegou à casa dos dois dígitos

Indústria cresce em todas as regiões

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A expansão da indústria se generalizou em agosto, atingindo as 14 áreas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) -sete delas com taxas elevadas de crescimento, na casa dos dois dígitos. Em julho, 13 regiões apresentaram resultados positivos, mas com variações mais modestas.
Entre as áreas com forte crescimento, destaca-se São Paulo, que teve o segundo maior incremento na produção industrial em agosto -19,8% na comparação com igual mês de 2003. Esse é o melhor resultado desde fevereiro de 2000 (20,2%) e a décima taxa positiva consecutiva. A liderança, porém, ficou com Santa Catarina, onde a alta foi de 20,7% -a maior de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 1991.
Segundo André Macedo, economista do Departamento de Indústria do IBGE, o setor vai melhor nas regiões que reúnem fábricas de bens de capital (máquinas e equipamentos) e duráveis (veículos e eletrodomésticos), beneficiados pelo crédito mais farto.
Já os piores resultados, diz, ficaram com as áreas onde a produção de semi e não-duráveis (alimentos, vestuário e remédios) tem maior peso. O motivo é a lenta recuperação da renda.
Também registraram aumentos expressivos e acima da média nacional, de 13,1%, os Estados do Ceará (19,3%), do Paraná (18,8%) e do Rio Grande do Sul (13,2%).
Em São Paulo, os destaques foram os ramos de material eletrônico e de comunicações (inclui eletrodomésticos e celulares) e veículos, ambos favorecidos pela ampliação do crediário e a redução das taxas de juro. No Paraná, a fabricação de veículos também liderou. No Rio Grande do Sul, a indústria automobilística mais uma vez foi o destaque, além da de máquinas e equipamentos.
Nesses Estados, incluindo Santa Catarina, a indústria se beneficiou da redução do juro desde o final de 2003, que aumentou o crédito e facilitou o consumo desses produtos. No Ceará, tiveram os melhores desempenhos as indústrias têxteis, de alimentos e calçados.


Texto Anterior: Trabalho: BB e CEF vão descontar salário de grevistas
Próximo Texto: Análise: Ipea prevê recuo, mas admite que pode errar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.