São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Aposta das instituições é a de que o Copom vai elevar a taxa básica para 16,50% anuais na próxima semana

Juro futuro cede, mas fecha semana em alta

DA REPORTAGEM LOCAL

O Copom se reúne nas próximas terça e quarta para definir como fica a nova taxa básica de juros da economia. A aposta predominante das instituições financeiras é a de que a Selic suba dos atuais 16,25% para 16,50%.
Ontem o mercado doméstico deu uma trégua e as projeções futuras de juros recuaram um pouco. Mas o resultado da semana foi de alta das taxas. O contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com resgate daqui a um ano fechou na BM&F com taxa de 17,52%, contra os 17,61% de anteontem. Supera, porém, os 17,27% de sexta-feira da semana anterior.
O banco Bradesco prevê que haverá aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica (Selic). O Bradesco levanta alguns pontos para justificar sua opinião, dentre eles o ritmo forte da atividade econômica, marcado pelo crescimento da produção industrial de agosto.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) elevou a Selic de 16% para 16,25% no mês passado.
Para a Fenacrefi (Federação Nacional das Empresas de Crédito Financiamento e Investimento), o Copom deve elevar a Selic em 0,25 ponto percentual em cada uma das três próximas reuniões, para fechar o ano em 17%.

Calmaria
O discurso apaziguador do presidente do Fed (banco central dos Estados Unidos), Alan Greenspan, sobre a escalada do petróleo ajudou a manter o mercado financeiro calmo ontem.
A Bolsa de Valores de são Paulo subiu 1,78%. Mesmo assim, a Bovespa acumulou baixa de 2,34% na semana.
O dólar encerrou as operações ontem vendido a R$ 2,857, com um recuo de 0,56%.
As ações ON (com direito a voto) da Petrobras subiram 2,02% ontem na Bolsa. Mas na semana essas ações acumularam perdas de 5,16%. O reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras na quinta veio abaixo do esperado e decepcionou o mercado.
No pregão de ontem, as ações das mineradoras e siderúrgicas se recuperaram. Os papéis do setor sofreram na quarta com a queda nos preços dos metais no mercado internacional.
A ação PNA da Vale do Rio Doce subiu 5,8% ontem. O papel preferencial da Caemi fechou com valorização de 2,92%.
(FABRICIO VIEIRA)


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