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MERCADO FINANCEIRO
Aposta das instituições é a de que o Copom vai elevar a taxa básica para 16,50% anuais na próxima semana
Juro futuro cede, mas fecha semana em alta
DA REPORTAGEM LOCAL
O Copom se reúne nas próximas terça e quarta para definir como fica a nova taxa básica de juros da economia. A aposta predominante das instituições financeiras é a de que a Selic suba dos
atuais 16,25% para 16,50%.
Ontem o mercado doméstico
deu uma trégua e as projeções futuras de juros recuaram um pouco. Mas o resultado da semana foi
de alta das taxas. O contrato DI
(Depósito Interfinanceiro) com
resgate daqui a um ano fechou na
BM&F com taxa de 17,52%, contra os 17,61% de anteontem. Supera, porém, os 17,27% de sexta-feira da semana anterior.
O banco Bradesco prevê que haverá aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica (Selic). O
Bradesco levanta alguns pontos
para justificar sua opinião, dentre
eles o ritmo forte da atividade
econômica, marcado pelo crescimento da produção industrial de
agosto.
O Copom (Comitê de Política
Monetária do Banco Central) elevou a Selic de 16% para 16,25% no
mês passado.
Para a Fenacrefi (Federação Nacional das Empresas de Crédito
Financiamento e Investimento), o
Copom deve elevar a Selic em 0,25
ponto percentual em cada uma
das três próximas reuniões, para
fechar o ano em 17%.
Calmaria
O discurso apaziguador do presidente do Fed (banco central dos
Estados Unidos), Alan Greenspan, sobre a escalada do petróleo
ajudou a manter o mercado financeiro calmo ontem.
A Bolsa de Valores de são Paulo
subiu 1,78%. Mesmo assim, a Bovespa acumulou baixa de 2,34%
na semana.
O dólar encerrou as operações
ontem vendido a R$ 2,857, com
um recuo de 0,56%.
As ações ON (com direito a voto) da Petrobras subiram 2,02%
ontem na Bolsa. Mas na semana
essas ações acumularam perdas
de 5,16%. O reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras
na quinta veio abaixo do esperado
e decepcionou o mercado.
No pregão de ontem, as ações
das mineradoras e siderúrgicas se
recuperaram. Os papéis do setor
sofreram na quarta com a queda
nos preços dos metais no mercado internacional.
A ação PNA da Vale do Rio Doce subiu 5,8% ontem. O papel preferencial da Caemi fechou com
valorização de 2,92%.
(FABRICIO VIEIRA)
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