São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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UE aprova pacote de quase US$ 3 tri, apesar de resistência

LETÍCIA FONSECA-SOURANDER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BRUXELAS

Recessão, desemprego e inflação. Com esse cenário, líderes da União Européia se reúnem para tentar limitar os prejuízos no continente. A fim de demonstrar união no combate à crise, os 27 países do bloco aprovaram um pacote inédito de quase US$ 3 trilhões. A reunião de cúpula termina hoje.
Para aprovar o pacote, os líderes tiveram de vencer a resistência de Polônia, Hungria e República Tcheca. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, no comando rotativo do bloco, afirmou que, pela primeira vez na história, os planos elaborados na UE inspiram outros países, como os Estados Unidos.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, propôs a globalização da supervisão das instituições financeiras e uma reforma do FMI (Fundo Monetário Internacional). Brown disse acreditar que a primeira fase da reação à crise foi a estabilização do sistema financeiro.
"Agora, devemos passar à segunda fase: fazer com que os problemas, que como sabemos se iniciaram nos EUA, não voltem a ocorrer", afirmou Brown. O líder britânico pediu ainda a criação de um sistema de alerta contra crises emergentes.
O premiê britânico foi o arquiteto da estratégia de resgate aos bancos que prevê a estatização parcial das instituições. Há poucas semanas, Brown era considerado politicamente morto. Mas, desde o início da crise, a sua popularidade vem crescendo e está sendo apontado como o político de destaque na reunião em Bruxelas.
Para transmitir confiança aos cidadãos, a Comissão Européia propôs duplicar a garantia dos depósitos para 100 mil, em caso de falência de bancos. A proposta terá antes que ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo 27 governos do bloco. Se for adotada, a nova lei entrará em vigor em um ano.


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