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UE aprova pacote de quase US$ 3 tri, apesar de resistência
LETÍCIA FONSECA-SOURANDER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BRUXELAS
Recessão, desemprego e inflação. Com esse cenário, líderes da União Européia se reúnem para tentar limitar os prejuízos no continente. A fim de
demonstrar união no combate
à crise, os 27 países do bloco
aprovaram um pacote inédito
de quase US$ 3 trilhões. A reunião de cúpula termina hoje.
Para aprovar o pacote, os líderes tiveram de vencer a resistência de Polônia, Hungria e
República Tcheca. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, no
comando rotativo do bloco,
afirmou que, pela primeira vez
na história, os planos elaborados na UE inspiram outros países, como os Estados Unidos.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, propôs a
globalização da supervisão das
instituições financeiras e uma
reforma do FMI (Fundo Monetário Internacional). Brown
disse acreditar que a primeira
fase da reação à crise foi a estabilização do sistema financeiro.
"Agora, devemos passar à segunda fase: fazer com que os
problemas, que como sabemos
se iniciaram nos EUA, não voltem a ocorrer", afirmou Brown.
O líder britânico pediu ainda a
criação de um sistema de alerta
contra crises emergentes.
O premiê britânico foi o arquiteto da estratégia de resgate
aos bancos que prevê a estatização parcial das instituições. Há
poucas semanas, Brown era
considerado politicamente
morto. Mas, desde o início da
crise, a sua popularidade vem
crescendo e está sendo apontado como o político de destaque
na reunião em Bruxelas.
Para transmitir confiança
aos cidadãos, a Comissão Européia propôs duplicar a garantia
dos depósitos para 100 mil,
em caso de falência de bancos.
A proposta terá antes que ser
aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo 27 governos do
bloco. Se for adotada, a nova lei
entrará em vigor em um ano.
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