|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Apesar da crise, Suzano mantém investimentos
DO ENVIADO ESPECIAL A
PORTO ALEGRE
Os preços da celulose, que
chegaram a cair 40% nas negociações com a Ásia, de US$
750 para US$ 450 por tonelada, voltaram a se recuperar
e subiram para US$ 550.
É difícil saber se essa recuperação vai continuar. Pode
ser apenas uma reposição de
estoques na China ou uma
demanda maior devido ao final de ano, diz João Comério,
diretor-executivo da unidade de negócios florestal da
Suzano Papel e Celulose.
Com esse cenário, "o mercado está tenso", diz ele.
Apesar disso, a empresa
mantém os projetos de expansão de R$ 7 bilhões e deve
passar dos atuais 2,8 milhões
de toneladas de produção para 7,2 milhões em 2015.
A Suzano está programando três novas linhas de produção, que serão instaladas
no sul do Maranhão, com início de operação previsto para
2013; no Piauí, com produção a partir de 2014, e uma
terceira, com produção programada para 2015, ainda
sem local definido.
A empresa mantém os investimentos porque está
com o caixa estável devido à
posição no mercado de papel, que mantém a demanda,
segundo o executivo. Sobre o
mercado, Comério diz que
vão ocorrer fusões e aquisições, e que a Suzano "está
aberta a oportunidades".
Outra empresa que quer
manter os investimentos,
mas não depende dela, é a
sueco-finlandesa StoraEnso.
Com projeto de construção
de uma fábrica no Rio Grande do Sul, a empresa tem meta de utilizar 100 mil hectares de área de floresta plantada, dos quais 80% seriam
de plantação própria.
A sueco-finlandesa já soma 20 mil hectares de eucalipto, mas deveria estar em
35 mil. No caso da multinacional, não é só a crise que dificulta o cenário, mas a indefinição da lei sobre as compras de terras por estrangeiros nas áreas fronteiriças.
A empresa diz que não tem
mais estoques de terras e que
sem área para plantio ficará
difícil a manutenção do projeto. A StoraEnso também
tem projetos de plantio e de
uma fábrica no Uruguai.
Já a Aracruz e a VCP (Votorantim Celulose e Papel)
estão reavaliando investimentos no Rio Grande do
Sul. Segundo participantes
do congresso "Madeira
2008", os projetos nacionais
em andamento devem seguir. Em alguns casos, com
ritmo menor. Já os que ainda
estão na gaveta vão ser mais
bem avaliados pelas empresas antes da implementação.
Outra empresa que mantém investimentos e inaugura nova fábrica no primeiro
semestre de 2009 é a Masisa,
que atua nos segmentos de
painéis de madeira para móveis e de arquitetura de interiores.
(MZ)
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Cana-de-açúcar: Safra deste ano pode "emendar" com a de 2009 Índice
|