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BARRIL DE PÓLVORA
Commodity alcança US$ 56,50 em Nova York; organização está próxima do limite de produção
Opep eleva teto, mas petróleo bate recorde
DA REDAÇÃO
Os ministros da Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo) decidiram ontem, em
reunião, aumentar o teto de produção dos países-membros em
2%, ou 500 mil barris por dia. Isso
eleva o teto de oferta diária de petróleo para 27,5 milhões de barris.
Apesar da notícia, o petróleo
não reverteu o movimento de alta
e bateu recordes tanto na Bolsa de
Nova York como em Londres.
O barril de referência em Nova
York chegou a US$ 56,50, acima
do pico de US$ 55,67 registrado
em outubro do ano passado. No
fechamento, o preço era de
US$ 56,46, acima do recorde de
fechamento, de US$ 55,17.
Em Londres, o barril do tipo
Brent alcançou US$ 54,95 durante
o dia e fechou a US$ 54,80 -também os maiores valores já alcançados naquela Bolsa.
A Opep está chegando ao limite
de sua capacidade de produção,
fazendo com que investidores
acreditem que a alta do petróleo
ainda não está próxima do fim.
Segundo estimativas de mercado,
a organização tem capacidade excedente entre 1 milhão e 1,5 milhão de barris por dia.
Segundo analistas, a decisão da
Opep também não impressionou
os investidores porque a organização já está produzindo cerca de
700 mil barris por dia acima de
seu teto. O aumento no teto não
significa necessariamente que haverá aumento da produção.
O acordo da Opep dá ao presidente da organização o poder de
se reunir com os ministros para
autorizar um novo aumento do
teto de produção em 500 mil barris no segundo trimestre.
Segundo o ministro do Petróleo
da Arábia Saudita, Ali al-Naimi,
"o preço atual está alto e nós queremos que o preço fique entre
US$ 40 e US$ 50 o barril". É a primeira vez que a Opep defende
preços tão altos para o petróleo.
A decisão da Opep de aumentar
o teto antes da primavera no hemisfério Norte, quando cai a demanda por combustível para calefação, é incomum.
Com agências internacionais
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