São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2005

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BARRIL DE PÓLVORA

Commodity alcança US$ 56,50 em Nova York; organização está próxima do limite de produção

Opep eleva teto, mas petróleo bate recorde

DA REDAÇÃO

Os ministros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiram ontem, em reunião, aumentar o teto de produção dos países-membros em 2%, ou 500 mil barris por dia. Isso eleva o teto de oferta diária de petróleo para 27,5 milhões de barris.
Apesar da notícia, o petróleo não reverteu o movimento de alta e bateu recordes tanto na Bolsa de Nova York como em Londres.
O barril de referência em Nova York chegou a US$ 56,50, acima do pico de US$ 55,67 registrado em outubro do ano passado. No fechamento, o preço era de US$ 56,46, acima do recorde de fechamento, de US$ 55,17.
Em Londres, o barril do tipo Brent alcançou US$ 54,95 durante o dia e fechou a US$ 54,80 -também os maiores valores já alcançados naquela Bolsa.
A Opep está chegando ao limite de sua capacidade de produção, fazendo com que investidores acreditem que a alta do petróleo ainda não está próxima do fim. Segundo estimativas de mercado, a organização tem capacidade excedente entre 1 milhão e 1,5 milhão de barris por dia.
Segundo analistas, a decisão da Opep também não impressionou os investidores porque a organização já está produzindo cerca de 700 mil barris por dia acima de seu teto. O aumento no teto não significa necessariamente que haverá aumento da produção.
O acordo da Opep dá ao presidente da organização o poder de se reunir com os ministros para autorizar um novo aumento do teto de produção em 500 mil barris no segundo trimestre.
Segundo o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, "o preço atual está alto e nós queremos que o preço fique entre US$ 40 e US$ 50 o barril". É a primeira vez que a Opep defende preços tão altos para o petróleo.
A decisão da Opep de aumentar o teto antes da primavera no hemisfério Norte, quando cai a demanda por combustível para calefação, é incomum.


Com agências internacionais

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