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MERCADO FINANCEIRO
Após sete altas, moeda recua 0,11%, um dia depois de autoridade monetária cancelar leilão de "swap" cambial
Decisão do BC contém avanço do dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar interrompeu uma seqüência de sete altas e recuou
0,11% ontem, para R$ 2,763.
A queda da moeda foi atribuída
à decisão do Banco Central de
cancelar o leilão do novo contrato
de "swap" cambial que deveria ter
sido realizado ontem. O dólar
chegou a cair 1,12% (para R$
2,735) na abertura dos negócios.
Os leilões desses contratos cambiais, chamados de "swaps reversos", ajudaram a dar algum fôlego
ao dólar nas últimas semanas por
terem o mesmo efeito técnico que
compras de moeda no mercado
futuro. O BC já retirou do mercado cerca de US$ 8,7 bilhões por
meio desses contratos.
O dia foi especialmente ruim
para os ativos brasileiros no mercado internacional, que voltaram
a cair sob reflexo da crescente expectativa de que os juros podem
subir nos EUA.
O Global 40, um dos principais
títulos da dívida brasileira, chegou a cair a seu menor valor em
quatro meses, mas se recuperou e
encerrou com baixa de 0,53%. Os
C-Bonds fecharam com recuo de
0,55%. O risco-país brasileiro chegou ao fim das operações a 429
pontos, em alta de 2,4%.
Para o mercado acionário brasileiro, o cenário internacional é
preocupante, pois os estrangeiros
têm sido destaque de investimentos em ações na Bolsa local.
As ações, títulos e moedas de
países emergentes tiveram queda
ontem. Segundo analistas, a alta
dos juros nos EUA pode causar
problemas de liquidez para emprestadores de países emergentes.
O "spread" (juro maior cobrado
por causa do risco do investimento) médio cobrado em empréstimos a emergentes aumentou novamente ontem, ficando em 3,59
pontos percentuais, segundo o índice JP Morgan Embi+. No último dia 8, o "spread" havia chegado a 3,3 pontos percentuais, o
mais baixo da história.
Ações
Ontem, a Bovespa fechou com
valorização de 0,87%. A alta de
0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, anunciada após o fechamento do mercado financeiro
ontem, não deve ter maiores impactos na Bolsa hoje, porque a elevação dos juros não foi surpresa.
A alta de 2,11% das ações preferencias da Petrobras ajudou a fazer com que a Bovespa subisse,
apesar das baixas das Bolsas norte-americanas. A ação da petrolífera subiu impulsionada pela elevação do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
(FABRICIO VIEIRA)
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