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ENERGIA 1
EBX deve retirar máquinas da Bolívia na próxima semana
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
A EBX Siderurgia, do empresário Eike Batista, aguarda para os próximos dias decreto do presidente da Bolívia, Evo Morales, permitindo
desmontagem e retirada de
equipamentos da usina siderúrgica em construção pela
empresa em Puerto Quijarro, território boliviano, a 15
km de Corumbá (MS).
A informação é do diretor
de energia da EBX, Paulo
Monteiro. O governo boliviano proibiu, em abril de 2006,
a conclusão da obra sob argumento de que a EBX causava
danos ambientais. A empresa nega.
O prejuízo da empresa será, segundo Monteiro, de
US$ 25 milhões a US$ 30 milhões. Foram investidos US$
60 milhões no projeto, disse.
Apesar do prejuízo, a EBX
não pretende pedir indenização ao governo boliviano.
"Não pensamos nisso. Ainda temos outro projeto na
Bolívia, uma termelétrica em
conjunto com a CRE [Companhia Rural de Eletrificação, da Bolívia] em compasso
de espera", disse Monteiro.
A termelétrica será construída em território boliviano em área próxima a Corumbá. Monteiro afirmou
que os equipamentos tirados
da Bolívia serão levados para
o Amapá. A usina é alvo de
questionamento do Ministério Público Federal, que pediu a suspensão da obras por
falhas no relatório sobre o
impacto ambiental.
No Amapá, a EBX explora
jazida de minério de ferro,
tem concessão de ferrovia e
um porto, no rio Amazonas, e
deve construir uma siderúrgica de ferro-gusa.
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