São Paulo, sábado, 17 de março de 2007

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ENERGIA 1

EBX deve retirar máquinas da Bolívia na próxima semana

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A EBX Siderurgia, do empresário Eike Batista, aguarda para os próximos dias decreto do presidente da Bolívia, Evo Morales, permitindo desmontagem e retirada de equipamentos da usina siderúrgica em construção pela empresa em Puerto Quijarro, território boliviano, a 15 km de Corumbá (MS).
A informação é do diretor de energia da EBX, Paulo Monteiro. O governo boliviano proibiu, em abril de 2006, a conclusão da obra sob argumento de que a EBX causava danos ambientais. A empresa nega.
O prejuízo da empresa será, segundo Monteiro, de US$ 25 milhões a US$ 30 milhões. Foram investidos US$ 60 milhões no projeto, disse.
Apesar do prejuízo, a EBX não pretende pedir indenização ao governo boliviano.
"Não pensamos nisso. Ainda temos outro projeto na Bolívia, uma termelétrica em conjunto com a CRE [Companhia Rural de Eletrificação, da Bolívia] em compasso de espera", disse Monteiro.
A termelétrica será construída em território boliviano em área próxima a Corumbá. Monteiro afirmou que os equipamentos tirados da Bolívia serão levados para o Amapá. A usina é alvo de questionamento do Ministério Público Federal, que pediu a suspensão da obras por falhas no relatório sobre o impacto ambiental.
No Amapá, a EBX explora jazida de minério de ferro, tem concessão de ferrovia e um porto, no rio Amazonas, e deve construir uma siderúrgica de ferro-gusa.


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