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TRABALHO
Força quer investigar campanha contra redução de jornada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Força Sindical pediu ontem ao Ministério Público do
Trabalho que investigue a
origem dos recursos da campanha da CNI (Confederação Nacional da Indústria)
contra a proposta de redução
da jornada de trabalho de 44
para 40 horas semanais.
De acordo com a central,
no último dia 24 foi veiculada em emissoras de rádio
campanha dos empresários
contra a proposta que tramita no Congresso.
Na propaganda, eram citados os nomes da CNI, do Sesi
e do Senai, o que, segundo a
Força Sindical, levantou a
suspeita de utilização dos recursos do Sistema S no financiamento da campanha.
"Os recursos do sistema
são públicos. Não podem ser
usados para bancar interesses de empresários", declarou o presidente da Força,
deputado Paulo Pereira da
Silva (PDT-SP).
Segundo ele, o Ministério
Público do Trabalho encaminhou o pedido ao TCU (Tribunal de Contas da União)
para que o caso também seja
apurado pelo tribunal.
Em nota, o presidente da
CNI, deputado Armando
Monteiro Neto (PTB-PE),
afirmou que a iniciativa é um
"equívoco e um absurdo". "É
uma falácia afirmar que a
CNI usa os recursos do Sistema S, simplesmente porque
o orçamento da CNI não tem
como fonte direta os recursos do Sistema S. Trata-se de
uma pseudodenúncia, sem
nenhum conteúdo", disse.
Ele acrescentou que a CNI
é uma entidade que representa os interesses da indústria e, ao atuar para evitar a
votação da proposta, está
cumprindo seu papel.
A emenda constitucional
que reduz a jornada de trabalho ainda não tem data prevista para ser votada.
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