São Paulo, terça-feira, 17 de abril de 2007 |
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Lula quer influir no formato do Banco do Sul
Assessor da Presidência diz que país não vai aceitar "comer prato feito" e que não se sabe que tipo de instituição será criada
FABIANO MAISONNAVE ENVIADO ESPECIAL À ISLA DE MARGARITA O assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse ontem na Venezuela que o Brasil não aceitará comer um "prato feito" durante o processo de criação do Banco do Sul, idéia proposta pelo presidente Hugo Chávez. "Não vamos aderir a um projeto pronto, nós não vamos comer um prato feito. O que nós queremos é ir para a cozinha e participar da elaboração desse prato", disse Garcia, em entrevista na Isla de Margarita, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Primeira Cúpula Energética da América do Sul, que termina hoje. O comentário é uma referência ao projeto inicial do Banco do Sul, lançado por Chávez e por Néstor Kirchner (Argentina), no qual o banco seria uma espécie de anti-FMI regional, com forte tom político. Garcia falou que é preciso discutir se haverá "o banco ou os bancos do Sul, porque nós precisamos saber que tipo de banco é esse: vai ser um banco de investimentos, vai ser uma espécie de FMI local, enfim, tem várias alternativas". No sábado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil havia decidido aderir à criação do Banco do Sul e que Lula assinaria um termo de compromisso na Venezuela -informação que não foi confirmada ontem por Garcia. O assessor disse que o Brasil apóia proposta do equatoriano Rafael Correa, pela qual se faria uma reunião com ministros da Fazenda dos países envolvidos para formular um projeto. Garcia também afirmou que a Venezuela voltará a importar álcool da Petrobras, interrompida desde outubro de 2006. Texto Anterior: Rodada Doha: Senado diz que Bush não deve ceder demais Próximo Texto: Presidentes lançam obra de nova petroquímica de US$ 3 bi Índice |
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