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FGTS libera R$ 4 bi para saneamento e transporte
Desse total, R$ 1 bi será usado para troca de ônibus
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal publica
hoje no "Diário Oficial" da
União a resolução 593 a partir
da qual libera oficialmente R$ 4
bilhões do FGTS para uma nova carteira destinada a financiar investimentos em saneamento básico e transporte público ao longo de 2009.
A medida, aprovada no dia 24
de março pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, prevê a divisão dos recursos em duas partes. Dos R$ 4 bilhões alocados
agora, R$ 3 bilhões serão usados para o rol de projetos de saneamento e R$ 1 bilhão para
troca de ônibus usados no
transporte público.
O mercado considerou pequeno o volume de recursos. Só
a Sabesp, maior empresa de saneamento do país, tem demandas para metade dos R$ 3 bilhões. O financiamento traz
uma novidade. Será considerado investimento e portanto ficará fora dos limites fiscais do
governo federal. O FGTS já dispõe de uma linha tradicional
para saneamento no valor de
R$ 8 bilhões, mas esses recursos possuem restrições para
sua aplicação.
A resolução foi assinada ontem, na sede da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), em São
Paulo, pelos ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e das Cidades, Márcio Fortes. Segundo os
ministros, os recursos poderão
ser acessados por empresas públicas e privadas mediante a
oferta de garantias financeiras
previstas em mercado, como a
emissão de debêntures ou certificados de recebíveis.
O Fundo de Garantia fica
com esses papéis como garantia do empréstimo.
Segundo a resolução, os juros
previstos serão de 7% ao ano
mais TR (Taxa Referencial). A
divisão dos 7% será feita da seguinte forma: 6% ao ano destinos à remuneração do capital
do FGTS e 1% ao ano pela taxa
de risco do crédito assumido
pelo agente operador. A linha
financiará até 90% do projeto
de saneamento ou de compra
de veículos. O governo espera
que a operacionalização do novo financiamento gere ou mantenha 260 mil empregos.
Jackson Schneider, presidente da Anfavea (associação
de montadoras), elogiou a oferta de recursos baratos para movimentar o atual anêmico mercado de ônibus. De janeiro a
março, segundo a associação,
apenas 4.500 unidades foram
licenciadas no país, contra
5.000 no mesmo período do
ano passado.
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