São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Inflação menor nos EUA traz alívio a investidor, e moeda cai 2,33%; Bolsa volta a subir após quatro pregões

Dólar sofre maior queda em nove meses

DA REPORTAGEM LOCAL

A escalada que o dólar vinha emplacando desde quinta-feira foi interrompida ontem. Dados sobre a inflação no atacado nos EUA, que surpreenderam os analistas positivamente, acabaram por derrubar o dólar diante de várias moedas. No mercado doméstico, o dólar caiu 2,33% -maior baixa em nove meses.
Ontem, a moeda norte-americana fechou o dia vendida a R$ 2,135. Entre quinta e segunda, o dólar havia acumulado valorização de 6,07%.
O fato de a inflação norte-americana não ter vindo acima das projeções pode ser um sinal de que há condições de os juros pararem de subir no país.
No mercado de câmbio emergente, o dólar registrou importantes quedas diante das moedas chilena, mexicana e turca.
A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o sobe-e-desce do mercado acionário americano.
No fim do pregão, o Ibovespa -índice que agrupa as 55 ações de maior liquidez- registrava alta de 0,37%. Durante o dia, a Bolsa chegou a subir 1,73%.
A valorização de 1,09% da ação preferencial da Petrobras -a segunda mais negociada, que concentrou 12% do giro do pregão- ajudou a fazer o Ibovespa fechar em terreno positivo. No pior momento do dia, a Bolsa registrou baixa de 0,89%.
A alta de ontem representou a interrupção de quatro pregões seguidos de queda, que resultaram em perdas acumuladas de 6,45% da Bovespa.
O pregão de ontem movimentou R$ 3,16 bilhões, valor bem superior à média diária de 2006 (R$ 2,46 bilhões).
Os números da inflação no atacado nos Estados Unidos fizeram as taxas pagas pelos títulos do Tesouro norte-americano recuar, movimento que permitiu que os papéis de emergentes se recuperassem.
O Global-40, papel da dívida externa brasileira mais transacionado, subiu 0,92%. O risco-país chegou ao fim das operações em baixa de 3,98%, aos 241 pontos.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os negócios no mercado de juros responderam à melhora do mercado.
O contrato DI -que mostra as projeções futuras para os juros- que vence daqui a um ano fechou com taxa de 14,74%, ante 14,85% do dia anterior. No DI com resgate daqui a 24 meses, a taxa recuou de 15,10% para 14,94%.


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