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MERCADO FINANCEIRO
Inflação menor nos EUA traz alívio a investidor, e moeda cai 2,33%; Bolsa volta a subir após quatro pregões
Dólar sofre maior queda em nove meses
DA REPORTAGEM LOCAL
A escalada que o dólar vinha
emplacando desde quinta-feira
foi interrompida ontem. Dados
sobre a inflação no atacado nos
EUA, que surpreenderam os analistas positivamente, acabaram
por derrubar o dólar diante de várias moedas. No mercado doméstico, o dólar caiu 2,33% -maior
baixa em nove meses.
Ontem, a moeda norte-americana fechou o dia vendida a R$
2,135. Entre quinta e segunda, o
dólar havia acumulado valorização de 6,07%.
O fato de a inflação norte-americana não ter vindo acima das
projeções pode ser um sinal de
que há condições de os juros pararem de subir no país.
No mercado de câmbio emergente, o dólar registrou importantes quedas diante das moedas
chilena, mexicana e turca.
A Bolsa de Valores de São Paulo
acompanhou o sobe-e-desce do
mercado acionário americano.
No fim do pregão, o Ibovespa
-índice que agrupa as 55 ações
de maior liquidez- registrava alta de 0,37%. Durante o dia, a Bolsa
chegou a subir 1,73%.
A valorização de 1,09% da ação
preferencial da Petrobras -a segunda mais negociada, que concentrou 12% do giro do pregão-
ajudou a fazer o Ibovespa fechar
em terreno positivo. No pior momento do dia, a Bolsa registrou
baixa de 0,89%.
A alta de ontem representou a
interrupção de quatro pregões seguidos de queda, que resultaram
em perdas acumuladas de 6,45%
da Bovespa.
O pregão de ontem movimentou R$ 3,16 bilhões, valor bem superior à média diária de 2006 (R$
2,46 bilhões).
Os números da inflação no atacado nos Estados Unidos fizeram
as taxas pagas pelos títulos do Tesouro norte-americano recuar,
movimento que permitiu que os
papéis de emergentes se recuperassem.
O Global-40, papel da dívida externa brasileira mais transacionado, subiu 0,92%. O risco-país chegou ao fim das operações em baixa de 3,98%, aos 241 pontos.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os negócios no
mercado de juros responderam à
melhora do mercado.
O contrato DI -que mostra as
projeções futuras para os juros-
que vence daqui a um ano fechou
com taxa de 14,74%, ante 14,85%
do dia anterior. No DI com resgate daqui a 24 meses, a taxa recuou
de 15,10% para 14,94%.
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