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BRA e Ocean Air vão compartilhar vôos
Parceria será anunciada hoje, mas já foi aprovada pela Anac, pelo prazo de dois anos; acordo começa em 17 de junho
Empresas querem atender 55 cidades do país com frota de 24 aviões; objetivo da parceria é recuperar espaço perdido para a TAM e a Gol
DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO
A BRA e a Ocean Air, que possuem respectivamente 2,5% e
0,9% de participação nos vôos
domésticos, anunciam hoje os
detalhes de uma parceria operacional para compartilhar
vôos no mercado doméstico a
partir de junho.
As duas empresas devem
propor à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que regula o setor, uma nova malha aérea a ser compartilhada. Com o
acordo, elas devem atender
juntas a 55 cidades brasileiras
com uma frota de 24 aviões, segundo informou a Ocean Air.
A empresa distribuiu texto
onde afirma que a parceria
ocorrerá "através de uma malha integrada, competitiva,
concentrada em mercados de
média densidade e com alto
grau de conectividade".
No comunicado, a Ocean Air
afirmou ainda que haverá
maior espaçamento entre as fileiras de poltronas e que um diferencial será o serviço de bordo. O compartilhamento de
vôos foi aprovado ontem pela
Anac, pelo prazo de dois anos.
"Quanto à proposta da nova
malha aérea a ser compartilhada pelas duas empresas, a agência reguladora aguarda a solicitação das companhias. As propostas serão avaliadas e analisadas de acordo com as normas
vigentes", diz nota da Anac.
Enfrentar as grandes
Segundo a agência, o acordo
passa a valer a partir de 17 de junho. A BRA voa para 32 destinos nacionais e 8 internacionais. A Ocean Air atende a 25
rotas nacionais e pretende, ainda no primeiro semestre, iniciar os primeiros vôos internacionais -para África e México.
As duas companhias vêm
perdendo participação de mercado nos últimos meses. Em janeiro, por exemplo, a BRA possuía 4,1% do mercado doméstico. A Ocean Air tinha 2,7%. A
taxa de ocupação atual também
é baixa: a Ocean Air decolou em
abril com apenas 52% dos assentos ocupados.
A aliança, na avaliação de
analistas, é uma forma de enfrentar a preponderância das
grandes aéreas no mercado doméstico -a TAM tem 50,6% de
participação, e a Gol, 39,1%.
Além disso, o cenário atual é
de "guerra tarifária": em seus
balanços do primeiro trimestre, TAM e Gol tiveram seus resultados impactados pela disputa de preços para atrair o
consumidor.
Antes da venda da empresa
para a Gol, as companhias aéreas de menor porte -BRA,
Ocean Air, Webjet e TAF- estavam negociando com a Varig
a formação de uma aliança operacional mais ampla para compartilhar vôos. Quando a Varig
foi vendida para a Gol, o projeto
perdeu força.
(MAELI PRADO)
Colaborou a Folha Online
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