São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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BRA e Ocean Air vão compartilhar vôos

Parceria será anunciada hoje, mas já foi aprovada pela Anac, pelo prazo de dois anos; acordo começa em 17 de junho

Empresas querem atender 55 cidades do país com frota de 24 aviões; objetivo da parceria é recuperar espaço perdido para a TAM e a Gol

DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO

A BRA e a Ocean Air, que possuem respectivamente 2,5% e 0,9% de participação nos vôos domésticos, anunciam hoje os detalhes de uma parceria operacional para compartilhar vôos no mercado doméstico a partir de junho.
As duas empresas devem propor à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que regula o setor, uma nova malha aérea a ser compartilhada. Com o acordo, elas devem atender juntas a 55 cidades brasileiras com uma frota de 24 aviões, segundo informou a Ocean Air.
A empresa distribuiu texto onde afirma que a parceria ocorrerá "através de uma malha integrada, competitiva, concentrada em mercados de média densidade e com alto grau de conectividade".
No comunicado, a Ocean Air afirmou ainda que haverá maior espaçamento entre as fileiras de poltronas e que um diferencial será o serviço de bordo. O compartilhamento de vôos foi aprovado ontem pela Anac, pelo prazo de dois anos.
"Quanto à proposta da nova malha aérea a ser compartilhada pelas duas empresas, a agência reguladora aguarda a solicitação das companhias. As propostas serão avaliadas e analisadas de acordo com as normas vigentes", diz nota da Anac.

Enfrentar as grandes
Segundo a agência, o acordo passa a valer a partir de 17 de junho. A BRA voa para 32 destinos nacionais e 8 internacionais. A Ocean Air atende a 25 rotas nacionais e pretende, ainda no primeiro semestre, iniciar os primeiros vôos internacionais -para África e México.
As duas companhias vêm perdendo participação de mercado nos últimos meses. Em janeiro, por exemplo, a BRA possuía 4,1% do mercado doméstico. A Ocean Air tinha 2,7%. A taxa de ocupação atual também é baixa: a Ocean Air decolou em abril com apenas 52% dos assentos ocupados.
A aliança, na avaliação de analistas, é uma forma de enfrentar a preponderância das grandes aéreas no mercado doméstico -a TAM tem 50,6% de participação, e a Gol, 39,1%.
Além disso, o cenário atual é de "guerra tarifária": em seus balanços do primeiro trimestre, TAM e Gol tiveram seus resultados impactados pela disputa de preços para atrair o consumidor.
Antes da venda da empresa para a Gol, as companhias aéreas de menor porte -BRA, Ocean Air, Webjet e TAF- estavam negociando com a Varig a formação de uma aliança operacional mais ampla para compartilhar vôos. Quando a Varig foi vendida para a Gol, o projeto perdeu força. (MAELI PRADO)


Colaborou a Folha Online


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