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Analistas preveem mais instabilidade nesta semana
Dado positivo dos EUA pode amenizar o "efeito Europa"
DA REPORTAGEM LOCAL
A volatilidade e a incerteza
dos mercados devem predominar novamente nesta semana,
avisam os analistas.
O que pode acalmar um pouco os ânimos nos próximos dias
será a apresentação de indicadores de atividade e inflação
nos EUA, na quarta-feira.
Para o economista-chefe do
banco Schahin, Silvio Campos
Neto, isso tende a atenuar os temores vindos da Europa. "Os
EUA apresentam um cenário
de recuperação da economia
com baixa inflação, e isso é
muito positivo", ressalta.
A ata da reunião do Fed (banco central dos EUA) e o índice
de preços ao consumidor norte-americano serão divulgados
na quarta-feira. A expectativa é
de poucas surpresas e a de que
os números de inflação sigam
estabilizados.
De qualquer maneira, as Bolsas de Valores foram fortemente influenciadas pela situação
na Europa na última semana e
encerraram o período acumulando perdas por conta da desconfiança com a capacidade de
recuperação econômica da zona do euro.
"O ponto é saber até quando
os investidores irão dar mais
peso ao "risco Europa" do que ao
cenário mais promissor dos
EUA", avalia Neto.
De acordo com o economista
Eduardo Otero, da Um Investimentos, a situação de instabilidade dos mercados permanecerá nesta semana, reforçada
com a divulgação de uma curva
deflacionária na Espanha, "algo
que não acontecia havia mais
de 20 anos".
Amanhã a zona do euro e a
Inglaterra divulgam os índices
de preços ao consumidor referentes ao mês de abril. No mesmo dia será possível avaliar o
índice Zew de confiança de investidores na Europa.
Na sexta-feira, saem os índices de atividade industrial e de
serviços da zona do euro. Todos
esses indicadores devem manter a percepção dos analistas de
um movimento de recuperação
ainda moderado da economia
do bloco.
Na quinta-feira será a vez de
a Inglaterra apresentar o resultado das vendas no varejo durante o mês de abril.
Outra informação que deve
ser observada pelos investidores nesta semana é o resultado
do PIB do primeiro trimestre
no Japão.
Os analistas avaliam que o resultado consolidará o cenário
de recuperação de atividade no
país, mas observam que a economia japonesa continua mostrando traços deflacionários, o
que gera um pouco de preocupação nos mercados.
Na sexta-feira, o Banco Central do Japão anuncia sua taxa
básica de juros.
Brasil
No país, serão divulgados o
IPCA-15, medido pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na quarta-feira. No dia seguinte, a FGV
(Fundação Getulio Vargas)
apresenta a segunda prévia do
IGP-M de maio.
Ambos os indicadores estão
acumulando altas preocupantes, principalmente quando se
observa que a projeção base do
Banco Central para o IPCA no
segundo trimestre é de 1,13%.
Para a equipe econômica do
Banco Santander, a inflação no
Brasil deve frustrar a expectativa do mercado de desaceleração significativa entre maio e
junho, o que anunciaria uma
nova surpresa inflacionária no
segundo trimestre.
O economista-chefe do Banco Schahin observa que os indicadores devem confirmar o cenário de forte aquecimento da
economia nacional.
"Mas os mercados domésticos neste momento perdem a
capacidade de se mover por aspectos internos, refletindo
quase que completamente o
ambiente internacional."
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