São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fundo norte-americano nega que tenha interesse em comprar ativos da aérea

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK

O fundo norte-americano Carlyle, um dos maiores em "private equity" (patrimônio fechado) dos EUA, negou ontem à Folha interesse em comprar os ativos da Varig.
De Washington, sede do grupo, o diretor Christopher Ullman, 43, atribuiu a "boatos de mercado" a informação repassada à Corte de Falências de Nova York de que o Carlyle investiria US$ 450 milhões à vista na recuperação da Varig.
"Eu mesmo", diz, "liguei para a Vara do juiz Robert Drain para desmentir a história."
Com US$ 39 bilhões aplicados em 14 países, o fundo diz não manter negócios com aéreas; apesar de uma das especialidades ser comprar empresas para revendê-las depois.
"Não temos interesse nessa companhia. Claramente há alguém espalhando esse rumor. E esperamos que parem com isso", afirmou Ullman.
"Não estamos interessados na Varig nem nunca estivemos. Nunca dissemos a ninguém que estávamos. A Justiça precisa saber a verdade", completou.
Os recursos do Carlyle vêm, sobretudo, de fundos de pensão. O grupo tem 43 sócios, dos quais três são majoritários. Hoje, segundo Ullman, 900 investidores aplicam dinheiro de 40 milhões de trabalhadores.
"Não compramos companhias aéreas, não investimos em aviação comercial. Temos negócios na indústria aeroespacial e bélica, mas não em vôos de carreira. Já aplicamos dinheiro em empresas de aviões de carga, mas não de passageiros. São negócios totalmente distintos", disse.
O fundo não tem transações no Brasil, apesar de afirmar ter interesse em criar grupo de estudo de investimentos no país.


Texto Anterior: Credores querem aviões até 2ª feira
Próximo Texto: Companhia aérea cancela mais 30 vôos somente nos aeroportos do Rio de Janeiro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.