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Fundo norte-americano nega que tenha interesse em comprar ativos da aérea
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
O fundo norte-americano
Carlyle, um dos maiores em
"private equity" (patrimônio
fechado) dos EUA, negou ontem à Folha interesse em comprar os ativos da Varig.
De Washington, sede do grupo, o diretor Christopher Ullman, 43, atribuiu a "boatos de
mercado" a informação repassada à Corte de Falências de
Nova York de que o Carlyle investiria US$ 450 milhões à vista na recuperação da Varig.
"Eu mesmo", diz, "liguei para
a Vara do juiz Robert Drain para desmentir a história."
Com US$ 39 bilhões aplicados em 14 países, o fundo diz
não manter negócios com aéreas; apesar de uma das especialidades ser comprar empresas para revendê-las depois.
"Não temos interesse nessa
companhia. Claramente há alguém espalhando esse rumor.
E esperamos que parem com
isso", afirmou Ullman.
"Não estamos interessados
na Varig nem nunca estivemos.
Nunca dissemos a ninguém
que estávamos. A Justiça precisa saber a verdade", completou.
Os recursos do Carlyle vêm,
sobretudo, de fundos de pensão. O grupo tem 43 sócios, dos
quais três são majoritários. Hoje, segundo Ullman, 900 investidores aplicam dinheiro de 40
milhões de trabalhadores.
"Não compramos companhias aéreas, não investimos
em aviação comercial. Temos
negócios na indústria aeroespacial e bélica, mas não em
vôos de carreira. Já aplicamos
dinheiro em empresas de
aviões de carga, mas não de
passageiros. São negócios totalmente distintos", disse.
O fundo não tem transações
no Brasil, apesar de afirmar ter
interesse em criar grupo de estudo de investimentos no país.
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