|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Varejo tem 5º mês seguido de expansão
Vendas em maio registraram crescimento de 10,5% em relação a 2006, aponta IBGE; no ano, alta acumulada é de 4,6%
Expansão da oferta de crédito, queda dos juros, aumento das importações e elevação da massa salarial ajudam o setor, diz instituto
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O volume de vendas no comércio varejista subiu 0,5% em
maio na comparação com abril,
na série que leva em conta o
ajuste sazonal. Foi a quinta alta
consecutiva do varejo neste
ano, de acordo com o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação
a maio de 2006, o incremento
das vendas chegou a 10,5%. No
ano, o comércio apresenta um
crescimento de 4,6%.
Na avaliação do instituto, a
conjuntura econômica favorável, com a expansão da oferta
de crédito, a queda na taxa de
juros, o aumento das importações (fruto do dólar barato) e a
elevação da massa salarial traçam um cenário positivo para a
expansão do varejo em 2007.
De acordo com Reinaldo Pereira, da Coordenação de Comércio e Serviços, a continuidade da trajetória de crescimento da taxa na comparação
entre maio e o mês anterior é
significativa. Nessa base de
comparação, o segmento com
maior expansão percentual foi
o de tecidos, vestuário e calçados (7,6%), seguido por móveis
e eletrodomésticos (3,1%).
O pesquisador afirma que
ambos são influenciados pelo
aumento dos rendimentos dos
trabalhadores. "Isso se deve à
estabilidade do emprego e à
massa salarial", afirmou.
Já o setor de híper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ficou perto
da estabilidade, com alta de
0,1%. Os combustíveis e lubrificantes recuaram 1,2%.
Na comparação entre maio e
o mesmo mês de 2006, todas as
atividades do varejo tiveram taxas positivas. A alta de 10,5%
pode ser explicada, segundo
Pereira, pelo bom desempenho
das vendas do Dia das Mães.
Alimentos
O segmento com maior importância para o resultado global foi o de híper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentou
alta de 8,2% e correspondeu a
38% da taxa global de vendas
no varejo. Segundo ele, apesar
do aumento dos preços dos alimentos em relação ao ano passado, o setor tem se beneficiado
em larga escala pelo incremento da massa salarial.
Com desempenho positivo
ao longo do ano, o segmento de
maior importância no comércio varejista brasileiro apresenta alta de 6,7% em 2007 e de
7,3% nos últimos 12 meses.
Outros artigos de uso pessoal
e domésticos também contribuíram para a alta na taxa, com
avanço de 28%. Essa atividade
abrange os segmentos de lojas
de departamentos, óticas e joalherias e contou com a influência das vendas do Dia das Mães
e também do aumento da massa salarial. Móveis e eletrodomésticos, na mesma comparação, tiveram alta de 10,4%.
"Essa conjuntura econômica
favorável contribuiu para que o
Dia das Mães deste ano fosse
melhor", afirma Pereira.
Segundo Carlos Thadeu de
Freitas, economista-chefe da
CNC (Confederação Nacional
do Comércio), o setor pode fechar 2007 com expansão das
vendas entre 7% e 8%.
"O comércio vai continuar
favorável, pelo aumento da
massa salarial e pela queda dos
preços administrados, mesmo
que os preços de alguns alimentos estejam subindo. A taxa de
juros ainda está alta. Este ano é
favorável para o comércio, mas
deve contar com variações menores nos próximos meses."
Texto Anterior: Vinicius Torres Freire Próximo Texto: Frase Índice
|