São Paulo, sexta-feira, 17 de julho de 2009

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Analistas elevam previsão de crescimento da China

Expectativa é de avanço superior a 8%, após resultado maior que o esperado no 2º tri

Existe o temor, porém, de que ações do governo para estimular economia possam estar criando bolha na Bolsa, que subiu 75% no ano


DA REDAÇÃO

O crescimento de 7,9% da economia chinesa no segundo trimestre (depois de se expandir em 6,1% nos primeiros três meses deste ano, o menor avanço desde o final de 1999), mais que o esperado, fez analistas elevarem a sua estimativa para o PIB de 2009, que pode ter um aumento superior a 8%.
O JPMorgan Chase, por exemplo, aumentou a sua previsão para o crescimento do PIB deste ano de 7,8% para 8,4% e afirma que no ano que vem o avanço deve ser de 9% -0,5 ponto percentual mais que a estimativa anterior. Para Frank Gong, economista do banco americano em Hong Kong, mesmo que o governo chinês reduza o ritmo dos gastos, o investimento privado e a demanda dos consumidores devem sustentar um crescimento acima da média nos próximos trimestres.
O ING prevê resultado parecido (avanço de 8,3%, ante uma previsão anterior de 7,5%). "Está claro, para mim, que a China realmente está conseguindo ser bem-sucedida na transição de um crescimento baseado nas exportações para um alavancado pelo mercado doméstico. É muito encorajador", afirmou Tim Condon, chefe do departamento da instituição financeira em Cingapura.
A aceleração do crescimento da economia chinesa não foi resultado de aumento na demanda das economias avançadas, como os EUA e a Europa, o que acabou surpreendendo analistas e levou o FMI a aumentar a sua estimativa para o PIB da terceira maior economia mundial: de 6,5% para 7,5%.
O governo chinês, que aposta em uma expansão de 8% para este ano, foi a principal fonte para o crescimento, seja pelo plano de estímulo econômico de US$ 585 bilhões, seja por medidas para destravar o financiamento pelos bancos.
Porém há o temor de que as medidas tomadas pelo governo também possam ter alimentado uma bolha, especialmente no mercado acionário. A Bolsa de Xangai, a maior do país, acumula alta de 75% no ano e o valor de mercado das empresas com ações na China superou o das japonesas e se tornou o segundo maior do mundo.

Com agências internacionais



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