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Analistas elevam previsão de crescimento da China
Expectativa é de avanço superior a 8%, após resultado maior que o esperado no 2º tri
Existe o temor, porém, de que ações do governo para
estimular economia possam estar criando bolha na
Bolsa, que subiu 75% no ano
DA REDAÇÃO
O crescimento de 7,9% da
economia chinesa no segundo
trimestre (depois de se expandir em 6,1% nos primeiros três
meses deste ano, o menor avanço desde o final de 1999), mais
que o esperado, fez analistas
elevarem a sua estimativa para
o PIB de 2009, que pode ter um
aumento superior a 8%.
O JPMorgan Chase, por
exemplo, aumentou a sua previsão para o crescimento do
PIB deste ano de 7,8% para
8,4% e afirma que no ano que
vem o avanço deve ser de 9%
-0,5 ponto percentual mais
que a estimativa anterior. Para
Frank Gong, economista do
banco americano em Hong
Kong, mesmo que o governo
chinês reduza o ritmo dos gastos, o investimento privado e a
demanda dos consumidores
devem sustentar um crescimento acima da média nos próximos trimestres.
O ING prevê resultado parecido (avanço de 8,3%, ante uma
previsão anterior de 7,5%). "Está claro, para mim, que a China
realmente está conseguindo
ser bem-sucedida na transição
de um crescimento baseado
nas exportações para um alavancado pelo mercado doméstico. É muito encorajador",
afirmou Tim Condon, chefe do
departamento da instituição financeira em Cingapura.
A aceleração do crescimento
da economia chinesa não foi resultado de aumento na demanda das economias avançadas,
como os EUA e a Europa, o que
acabou surpreendendo analistas e levou o FMI a aumentar a
sua estimativa para o PIB da
terceira maior economia mundial: de 6,5% para 7,5%.
O governo chinês, que aposta
em uma expansão de 8% para
este ano, foi a principal fonte
para o crescimento, seja pelo
plano de estímulo econômico
de US$ 585 bilhões, seja por
medidas para destravar o financiamento pelos bancos.
Porém há o temor de que as
medidas tomadas pelo governo
também possam ter alimentado uma bolha, especialmente
no mercado acionário. A Bolsa
de Xangai, a maior do país, acumula alta de 75% no ano e o valor de mercado das empresas
com ações na China superou o
das japonesas e se tornou o segundo maior do mundo.
Com agências internacionais
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