DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Crítico contumaz do alto patamar das taxas de juros, o presidente em exercício, José Alencar, elogiou ontem os esforços da equipe econômica para diminuir a Selic (taxa de juros básica da economia). As declarações dele foram uma demonstração de apoio à condução da política monetária pelo Banco Central.
"O governo tem feito tudo o que é possível para recuperar a credibilidade nacional para poder colocar esses juros dentro de um patamar compatível com a economia mundial", disse Alencar, durante visita à inauguração de uma fábrica em Rio Verde, Goiás.
Na avaliação do presidente em exercício, "o trabalho do governo tem sido exemplar" na condução da política econômica. "Quando nós chegamos, as taxas básicas praticadas pelo Banco Central eram de 25%. No nosso período, já tivemos que elevá-las a 26,5%, depois elas começaram a baixar. Hoje estão em 16%", disse Alencar, para quem "as taxas são muito altas ainda".
Apesar de seu discurso em relação às taxas de juros ter sido mais ameno que o de costume, Alencar não deixou de criticá-las. "O Brasil não pode ser castigado por um regime de juros absolutamente inadequado como esse que nós herdamos."
Para ele, as taxas de juros no Brasil são um "despropósito". "Agora, apesar disso, o Brasil está crescendo porque o Brasil é maior que o abismo."


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