São Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br

Brasil foi o país que menos sentiu a crise na AL

Na América Latina, o Brasil foi o país que menos sofreu os reflexos da crise econômica mundial, segundo levantamento da LatinPanel.
De acordo com a pesquisa, a maioria (63%) dos brasileiros sentiu pouco, ou quase nada, os efeitos das turbulências na economia.
Os mais penalizados foram os mexicanos, de acordo com o estudo, que abordou 9.000 lares de 16 metrópoles, em 15 países no primeiro semestre.
Entre os mexicanos, 79% dos consumidores ouvidos afirmaram que sentiram muito a crise financeira. O cenário pessimista encontrado no México, segundo Christine Pereira, diretora comercial da LatinPanel, reflete a proximidade do país aos Estados Unidos, epicentro da crise.
Com exceção do Brasil, segundo Pereira, todos os outros países pesquisados afirmaram ter sofrido muito os efeitos da crise financeira, como 69% dos equatorianos, 67% dos bolivianos e 61% dos argentinos.
Para Pereira, além de o Brasil ter de fato recebido efeitos mais amenos da crise do que seus vizinhos, o otimismo da população brasileira é histórico e aparece em todas as pesquisas realizadas ao longo dos anos.
"As respostas do brasileiro sempre levam em consideração os fatores renda e emprego. Ele continua otimista porque ainda tem aspiração de consumo e possibilidade de acesso a novas categorias de produtos mais sofisticados, apesar da crise."
Segundo dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) e da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a crise mundial fez com que 1 milhão de pessoas perdessem seus empregos na América Latina no primeiro trimestre deste ano. Em países como Brasil e Colômbia, o desemprego foi mais moderado do que em outros, como México, Chile e Equador.

AZEITE

A empresa espanhola de azeite Borges vai abrir neste mês sua primeira filial na América do Sul, que será localizada em São Paulo. A ideia é estimular o consumo do produto, que está hoje em 200 ml/pessoa/ano no Brasil, enquanto na Espanha se consome 17 litros/pessoa/ano e na Grécia, 22 litros. Para o primeiro ano de operação, a empresa espera crescimento de 30% do consumo de produtos da marca, que até então eram distribuídos por importadores independentes. "No Brasil o azeite ainda é quase uma iguaria, é pouco consumido. A meta é melhorar a distribuição com um projeto de relacionamento com os distribuidores adaptado à cultura local", diz Bernardo Pontes, diretor de marketing.

ESCRITÓRIO
A Inforshop, distribuidora de suprimentos de escritório, investiu R$ 10 milhões em novo centro de distribuição que será inaugurado até o fim de setembro em Itu

PRAIA
Rogério Fasano, vai falar hoje sobre turismo de luxo no Congresso Nacional de Hotelaria- Conotel 2009, no Centro de Convenções Sul América, no Rio.

BIBLIOTECA
A Fecomercio e a OEB (Ordem dos Economistas do Brasil) fizeram uma parceria para lançar o livro "Celso Furtado e a Formação Econômica do Brasil", de Francisco da Silva Coelho e Rui Guilherme Granziera (Editora Atlas, 260 pág., R$ 86). O livro, que tem o prefácio escrito por Fernando Henrique Cardoso, é uma edição comemorativa dos 50 anos do lançamento da obra "Formação Econômica do Brasil", de Celso Furtado.

NA REGIÃO

A Qualimpor, importadora dos vinhos portugueses Esporão e Quinta do Crasto, trouxe ao Brasil na última semana Miguel Roquette, proprietário da Quinta do Crasto, no Douro, e o australiano David Baverstock, enólogo da Herdade do Esporão, da região do Alentejo. A dupla veio apresentar seus produtos e conhecer consumidores do Brasil, que é hoje um de seus mercados mais importantes ao lado de Angola e Estados Unidos.

CONTENTES

Os executivos brasileiros estão mais satisfeitos com sua atual posição do que a média internacional, segundo dados do Executive Quiz, pesquisa do Korn/Ferry Institute realizada em maio e junho com executivos de 70 países. Dentre os executivos brasileiros empregados consultados, 57% avaliam como positivo seu grau satisfação. A média internacional é de 53%. As principais razões para a insatisfação são falta de motivação e de confiança nos líderes.


com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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