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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Brasil foi o país que menos sentiu a crise na AL
Na América Latina, o Brasil
foi o país que menos sofreu os
reflexos da crise econômica
mundial, segundo levantamento da LatinPanel.
De acordo com a pesquisa, a
maioria (63%) dos brasileiros
sentiu pouco, ou quase nada, os
efeitos das turbulências na economia.
Os mais penalizados foram
os mexicanos, de acordo com o
estudo, que abordou 9.000 lares de 16 metrópoles, em 15 países no primeiro semestre.
Entre os mexicanos, 79% dos
consumidores ouvidos afirmaram que sentiram muito a crise
financeira. O cenário pessimista encontrado no México, segundo Christine Pereira, diretora comercial da LatinPanel,
reflete a proximidade do país
aos Estados Unidos, epicentro
da crise.
Com exceção do Brasil, segundo Pereira, todos os outros
países pesquisados afirmaram
ter sofrido muito os efeitos da
crise financeira, como 69% dos
equatorianos, 67% dos bolivianos e 61% dos argentinos.
Para Pereira, além de o Brasil
ter de fato recebido efeitos
mais amenos da crise do que
seus vizinhos, o otimismo da
população brasileira é histórico
e aparece em todas as pesquisas
realizadas ao longo dos anos.
"As respostas do brasileiro
sempre levam em consideração
os fatores renda e emprego. Ele
continua otimista porque ainda
tem aspiração de consumo e
possibilidade de acesso a novas
categorias de produtos mais sofisticados, apesar da crise."
Segundo dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) e da OIT
(Organização Internacional do
Trabalho), a crise mundial fez
com que 1 milhão de pessoas
perdessem seus empregos na
América Latina no primeiro
trimestre deste ano. Em países
como Brasil e Colômbia, o desemprego foi mais moderado
do que em outros, como México, Chile e Equador.
AZEITE
A empresa espanhola de azeite Borges vai abrir neste mês
sua primeira filial na América do Sul, que será localizada em
São Paulo. A ideia é estimular o consumo do produto, que
está hoje em 200 ml/pessoa/ano no Brasil, enquanto na Espanha se consome 17 litros/pessoa/ano e na Grécia, 22 litros. Para o primeiro ano de operação, a empresa espera
crescimento de 30% do consumo de produtos da marca, que
até então eram distribuídos por importadores independentes. "No Brasil o azeite ainda é quase uma iguaria, é pouco
consumido. A meta é melhorar a distribuição com um projeto de relacionamento com os distribuidores adaptado à cultura local", diz Bernardo Pontes, diretor de marketing.
ESCRITÓRIO
A Inforshop, distribuidora
de suprimentos de escritório, investiu R$ 10 milhões
em novo centro de distribuição que será inaugurado até
o fim de setembro em Itu
PRAIA
Rogério Fasano, vai falar
hoje sobre turismo de luxo
no Congresso Nacional de
Hotelaria- Conotel 2009,
no Centro de Convenções
Sul América, no Rio.
BIBLIOTECA
A Fecomercio e a OEB
(Ordem dos Economistas do
Brasil) fizeram uma parceria
para lançar o livro "Celso
Furtado e a Formação Econômica do Brasil", de Francisco da Silva Coelho e Rui
Guilherme Granziera (Editora Atlas, 260 pág., R$ 86).
O livro, que tem o prefácio
escrito por Fernando Henrique Cardoso, é uma edição
comemorativa dos 50 anos
do lançamento da obra "Formação Econômica do Brasil", de Celso Furtado.
NA REGIÃO
A Qualimpor, importadora dos vinhos portugueses Esporão e Quinta do Crasto, trouxe ao Brasil na última semana Miguel Roquette, proprietário da Quinta do Crasto,
no Douro, e o australiano David Baverstock, enólogo da
Herdade do Esporão, da região do Alentejo. A dupla veio
apresentar seus produtos e conhecer consumidores do
Brasil, que é hoje um de seus mercados mais importantes
ao lado de Angola e Estados Unidos.
CONTENTES
Os executivos brasileiros estão mais satisfeitos com sua
atual posição do que a média internacional, segundo dados do Executive Quiz, pesquisa do Korn/Ferry Institute
realizada em maio e junho com executivos de 70 países.
Dentre os executivos brasileiros empregados consultados,
57% avaliam como positivo seu grau satisfação. A média
internacional é de 53%. As principais razões para a insatisfação são falta de motivação e de confiança nos líderes.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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