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MERCADO FINANCEIRO
Índice de papéis do setor acumula alta de 24,4% neste mês; Bovespa fechou com baixa de 0,44%
Ações de elétricas se destacam na Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
A grande aposta do mês tem sido as ações do setor de energia
elétrica. A expectativa, confirmada ontem, de que o BNDES preparava um pacote para o setor fez
as ações subirem muito nas últimas duas semanas. Ontem quem
mais subiu no setor foram as
ações preferencias "B" da Celesc,
com ganho de 5%.
O IEE, índice que acompanha a
oscilação de 11 papéis de elétricas
na Bovespa, já acumula valorização de 24,4% neste mês. Ontem a
alta foi de 0,7%.
No pregão de ontem, outras elétricas se destacaram, registrando
alta em dia de queda da Bolsa:
Transmissão Paulista PN (4,9%),
Light ON (2,3%) e Copel PNB
(2,04%).
"Os investidores já vinham
comprando de forma expressiva
nos últimos dias ações de empresas de energia elétrica. Algumas,
como a Celesc, ainda têm bom espaço para subir, mesmo com as
recentes altas", afirma Michel
Campanella, analista da corretora
Socopa.
Essa recente valorização das
ações pode trazer novos investidores para os fundos setoriais formados com papéis de elétricas.
Entre as diferentes modalidades
de fundos de ações, esses são os
que têm o menor patrimônio líquido. Na semana passada, as
ações com direito a voto da Light
dispararam 51,4%.
A Bolsa teve ontem um dia fraco
e fechou com baixa de 0,44%.
O dólar subiu 1,04%, vendido
no fim do dia a R$ 2,913. A proximidade do resgate da parcela da
dívida cambial que não foi renovada fez as instituições financeiras forçarem as cotações para ganhar um pouco mais de reais.
A parte da dívida que o Banco
Central não rolou terá a Ptax (média do dólar medida pelo BC) como referência para liquidação. A
decisão do BC de passar a realizar
apenas um leilão de renovação da
dívida cambial a partir do próximo vencimento também ajudou a
pressionar a moeda dos EUA.
Juros
O contrato DI -juro interbancário- de prazo mais curto recuou mais um pouco um dia antes do Copom (Comitê de Política
Monetária) anunciar sua decisão
sobre os juros básicos. A taxa fechou em 19,98% anuais, ratificando a previsão dominante no mercado de que o Copom reduzirá a
Selic (hoje em 22%) em dois pontos percentuais.
(FABRICIO VIEIRA)
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