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análise
Ajuda deve aumentar a confiança
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão do governo
americano de ajudar a AIG
(American International
Group) foi bem recebida
no mercado financeiro.
Na avaliação dos analistas, devido à sua importância, uma eventual falência da seguradora poderia causar enormes problemas ao sistema bancário em todo o mundo.
"A AIG é gigante e atua
em uma centena de países
relacionando-se proximamente com outras instituições", diz Edward Wedbush, presidente da corretora Wedbush Morgan Securities.
Com a operação, espera-se que a confiança no setor
seja um pouco reparada.
"A maior questão aqui é
justamente a perda generalizada de credibilidade.
Se alguma outra organização quebrar, testemunharemos o caos", afirma
Hugh Johnson, presidente
da administradora de recursos Johnson Illington
Advisors.
Após o anúncio do programa de salvamento, na
noite de ontem, as principais Bolsas asiáticas operavam em alta, bem como
os índices futuros do mercado acionário americano.
Estima-se que a AIG segure cerca de US$ 441 bilhões em títulos lastreados
em hipotecas, os quais originaram a crise. "Caso
houvesse mais calotes desses papéis, ela simplesmente não teria como pagar os seguros referentes",
diz Johnson.
Fica configurado, então,
o risco sistêmico que parece ser o principal critério
do Fed (Federal Reserve, o
banco central norte-americano) e do Departamento do Tesouro para organizar operações de salvamento de companhias em
dificuldade. "Acho que a
ajuda à AIG é um sinal de
reconhecimento, por parte do governo, de que houve um erro em não auxiliar
o Lehman Brothers", afirma Johnson.
Ainda não ficou claro o
tamanho da ameaça que o
Lehman Brothers representa. Os especialistas entenderam, a partir da decisão das autoridades, que
não havia grande possibilidade de o banco arrastar
consigo outras instituições. "É muito difícil, mesmo para quem está dentro
da empresa, avaliar a exata
extensão dos prejuízos",
diz Wedbush. No entanto,
para muitos, o Lehman estava tão envolvido com os
títulos quanto o Bear
Stearns, que foi vendido
em março para o JPMorgan Chase em uma operação apoiada pelo Fed.
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