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Bolsa alcança 60 mil pontos, maior nível em 14 meses
Alta no ano chega a 60,9%;
dólar recua para R$ 1,80
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de muito ensaiar, a
Bolsa de Valores de São Paulo
finalmente rompeu os 60 mil
pontos, o que não ocorria há
quase 14 meses. Na esteira do
bom desempenho do mercado
internacional, a Bovespa teve
valorização de 1,94% e terminou o pregão a 60.410 pontos.
Em Nova York, a Bolsa subiu
1,12%, e, em Londres, 1,63%.
No mercado de câmbio, o clima externo também teve repercussão. A moeda americana,
no fim do dia, estava cotada a
R$ 1,80, após recuar 0,39% ante
o real. A cotação de ontem foi a
mais baixa em 12 meses. Neste
mês, a depreciação da moeda
estrangeira alcança 4,76%.
A movimentação na Bovespa
ontem foi intensa, o que ilustra
a animação dos investidores.
Foram negociados no pregão
R$ 7,02 bilhões, volume 49%
superior à média diária do ano.
Notícias vindas dos EUA fortaleceram as cotações das commodities no mercado internacional. Nesse cenário, os papéis
de empresas brasileiras do setor de siderurgia e de mineração, além da Petrobras, tiveram
altas elevadas. Somente as
ações de Vale, Usiminas e Petrobras foram responsáveis por
quase 35% do giro do pregão.
A forte retração dos estoques
de óleo cru nos EUA pressionou as cotações do petróleo. O
barril do produto fechou em
Nova York com alta de 2,23%,
cotado a US$ 72,51. A ação preferencial da Petrobras encerrou com ganhos de 2,84%.
Outra notícia que favoreceu
o mercado veio da ArcelorMittal. A gigante da siderurgia elevou sua previsão para o crescimento da demanda na China, o
que fez com que as commodities metálicas subissem.
Para as ações preferenciais
"A" da Vale, o resultado foi de
apreciação de 1,46%. O papel
PNA da Usiminas subiu 3,86%;
Gerdau PN teve alta de 3,51%; e
CSN ON, de 3,33%.
Com suas ações mais negociadas em alta, a Bovespa operou em terreno positivo durante todo o pregão. No ano, acumula ganhos de 60,9%.
A superação dos 60 mil pontos surpreendeu analistas. No
mercado, muito tem se falado
sobre o possível exagero da Bolsa, que teria subido de forma
muito rápida nos últimos meses. Mas há também os mais
otimistas, para quem a Bovespa
está no rumo certo.
"Não acho que tem havido
exagero do mercado como alguns analistas dizem", afirma
Rossano Oltramari, analista-chefe da XP Investimentos.
"Mas não esperava que passasse por uma recuperação tão rápida. De qualquer forma, a tendência de alta para a Bolsa
prossegue", diz Oltramari.
A continuidade na entrada de
capital externo na Bolsa tem sido importante para as ações
brasileiras manterem-se em alta. Neste mês, até o dia 11, os investidores estrangeiros mais
compraram que venderam
ações na Bovespa no montante
de R$ 511,5 milhões.
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