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Indicador eleva
a confiança no
país, diz ministro
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) comemorou ontem o fato de o Brasil ter
atingido níveis recordes de
reservas internacionais.
"Hoje as reservas brasileiras
estão batendo recorde. É o
maior volume de reservas de
nossa história", disse Mantega, logo depois de ter afirmado que só vê "condições favoráveis para o Brasil".
Mantega estava em São
Paulo para participar de
evento que reúne, até hoje,
representantes de Bolsas de
Valores de todo o mundo. De
acordo com o ministro, o volume recorde de reservas
ajuda a diminuir o risco-país
e o custo do financiamento
externo, na medida em que
diminui a desconfiança em
relação à capacidade de pagamentos do Brasil. Os ganhos com esse ganho de confiança, disse, mais que compensam o custo que o governo tem para comprar e manter as reservas.
Para comprar os dólares
que compõem as reservas internacionais, o governo precisa emitir dívida pública.
Como os juros no Brasil são
altos, alguns analistas têm
apontado que a política de
acumulação de reservas tem
um custo muito alto para o
país. "[Os ganhos] compensam perfeitamente [o custo]", disse Mantega ontem.
Carlos Kawall, secretário
do Tesouro, também defendeu a política de acumulação
de reservas. "A política de recuperação de reservas é um
bem, não apenas de curto
prazo, para eventuais turbulências no mercado internacional, mas também para as
gerações futuras", disse.
Ele afirmou que o governo
deve continuar com a política de aumento do nível de reservas internacionais, mas
disse que o governo não tem
uma meta ou nível desejado
para o volume acumulado.
De acordo com Kawall, um
nível maior de reservas beneficiará os brasileiros no futuro porque reduz a possibilidade de crises externas afetarem o câmbio brasileiro e,
por meio da oscilação do
câmbio, afetar a inflação.
"[Um nível maior de reservas] reduz o risco de um surto inflacionário via câmbio",
disse o secretário.
Ainda segundo o ministro
Mantega, o Brasil deverá
crescer cerca de 5% no próximo ano, apesar de a maior
parte dos analistas prever
crescimento entre 3,5% e
4%.
(MARCELO BILLI)
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