São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2007

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Tesouro americano defende mudança em regras de crédito

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, disse que a crise imobiliária deve gerar impactos mais severos na economia do que os imaginados e cobrou mudanças no sistema regulatório de crédito.
Ele classificou a conduta do setor hipotecário como "vergonhosa" e pediu alterações para consertar os equívocos do sistema de crédito, que contribuíram para a crise atual.
"Transparência é importante. Temos de garantir que os excessos de ontem não serão repetidos amanhã", disse sobre as informações prestadas ao mercado e aos clientes.
Paulson pediu que o governo e o setor financeiro ajudem os proprietários a refinanciar as hipotecas atuais antes que as taxas atinjam níveis mais altos.
O secretário, ex-executivo do Goldman Sachs, facilitou a criação de um fundo de bancos constituído pelo Citigroup, Bank of America e JPMorgan Chase. Alguns investidores criticaram a criação do fundo para adquirir SIVs (special investment vehicles, ou veículos especiais de investimento) porque isso reduziria a cobertura das instituições de crédito contra decisões erradas.

Bancos
Os bancos comerciais norte-americanos tiveram aumento de US$ 280 bilhões em suas dívidas desde a redução do crédito em função da crise.
Segundo o economista da Merrill Lynch, David Rosenberg, com informações do Federal Reserve (BC dos EUA), os bancos com maiores lucros perderam US$ 40 bilhões desde o início de agosto.
"Isso nunca aconteceu antes em um período tão curto, e é muito sério porque uma redução assim no capital dos maiores bancos tem potencial para criar um ambiente negativo de empréstimo", podendo reduzir "significativamente" o crescimento econômico.


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