São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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Bancários rejeitam proposta e entram no 10º dia de paralisação

Nova negociação ocorre hoje; sindicato estima adesão em 14% dos trabalhadores

DO "AGORA"

O Sindicato dos Bancários de São Paulo rejeitou a proposta feita pela Fenaban (Federação Nacional de Bancos) e decidiu manter a greve da categoria pelo menos até segunda-feira. A decisão foi tomada em assembléia no início da noite de ontem. A paralisação entra hoje no seu décimo dia.
Uma nova rodada de negociações está marcada para hoje, às 11h. A decisão dos trabalhadores contraria o acordo firmado na terça-feira, que definia o retorno ao trabalho até hoje, sob pena de que seja reativada a liminar expedida pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) que determina que 70% dos trabalhadores de cada agência ou centro administrativo de São Paulo trabalhem durante a greve.
A proposta foi de reajuste de 9% para quem ganha até R$ 1.500 e de 7,5% para quem tem salários maiores. O que os bancários querem é um aumento de 13,3%, auxílio-creche e vale-alimentação de R$ 415 e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.
Em relação à PLR (participação nos lucros e resultados), a proposta dos banqueiros era manter a mesma regra utilizada hoje, que faz com que a PLR chegue a, no máximo, R$ 1.962. O problema para os bancários é que apenas os bancos com alta nos lucros acima de 15% pagam a PLR, segundo o sindicato. A associação diz que a regra faz com que mais da metade dos bancários fique sem o abono.
"A proposta é inferior à reivindicação dos bancários. Amanhã [hoje], as negociações continuam e vamos buscar melhorar a proposta", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Ontem, 17.330 bancários da capital e da Grande São Paulo aderiram à paralisação (14,5% dos trabalhadores da região), e 504 agências e 9 centros administrativos ficaram fechados. Em todo o país, cerca de 5.400 agências continuam paradas, segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). A Fenaban afirmou que vai esperar o andamento das negociações para comentar. (BRUNO SAIA)



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