|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bancários rejeitam proposta e entram no 10º dia de paralisação
Nova negociação ocorre hoje; sindicato estima adesão em 14% dos trabalhadores
DO "AGORA"
O Sindicato dos Bancários de
São Paulo rejeitou a proposta
feita pela Fenaban (Federação
Nacional de Bancos) e decidiu
manter a greve da categoria pelo menos até segunda-feira. A
decisão foi tomada em assembléia no início da noite de ontem. A paralisação entra hoje
no seu décimo dia.
Uma nova rodada de negociações está marcada para hoje,
às 11h. A decisão dos trabalhadores contraria o acordo firmado na terça-feira, que definia o
retorno ao trabalho até hoje,
sob pena de que seja reativada a
liminar expedida pelo TRT-SP
(Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) que determina que 70% dos trabalhadores
de cada agência ou centro administrativo de São Paulo trabalhem durante a greve.
A proposta foi de reajuste de
9% para quem ganha até R$
1.500 e de 7,5% para quem tem
salários maiores. O que os bancários querem é um aumento
de 13,3%, auxílio-creche e vale-alimentação de R$ 415 e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.
Em relação à PLR (participação nos lucros e resultados), a
proposta dos banqueiros era
manter a mesma regra utilizada hoje, que faz com que a PLR
chegue a, no máximo, R$ 1.962.
O problema para os bancários é
que apenas os bancos com alta
nos lucros acima de 15% pagam
a PLR, segundo o sindicato. A
associação diz que a regra faz
com que mais da metade dos
bancários fique sem o abono.
"A proposta é inferior à reivindicação dos bancários. Amanhã [hoje], as negociações continuam e vamos buscar melhorar a proposta", disse Luiz
Cláudio Marcolino, presidente
do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região.
Ontem, 17.330 bancários da
capital e da Grande São Paulo
aderiram à paralisação (14,5%
dos trabalhadores da região), e
504 agências e 9 centros administrativos ficaram fechados.
Em todo o país, cerca de 5.400
agências continuam paradas,
segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). A Fenaban afirmou que vai esperar
o andamento das negociações
para comentar.
(BRUNO SAIA)
Texto Anterior: Liminar obtida por entidade atrasou votação Próximo Texto: Gás: Em retaliação, MT quer suspender energia à Bolívia Índice
|