São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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Empresa é acusada de biopirataria

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público Federal do Acre move desde 2007 uma ação contra a Natura por biopirataria. A empresa é acusada de ter se aproveitado ilegalmente dos conhecimentos da etnia indígena ashaninka sobre o murumuru, fruto de uma palmeira amazônica. O óleo dele extraído é utilizado pela companhia em uma linha de produtos para os cabelos.
A legislação diz que as comunidades indígenas devem ser de alguma maneira remuneradas quando há exploração econômica da sua sabedoria tradicional.
De acordo com a Procuradoria, as informações sobre as propriedades do murumuru foram repassadas à empresa por um pesquisador que teve contato com os ashaninkas na década de 1990, daí o processo falar em "uso indireto" do conhecimento tradicional indígena. A Natura diz que conheceu as propriedades do murumuru por bibliografias científicas existentes desde 1941 e que extrai do Amazonas os frutos que utiliza como matéria-prima, compensando as comunidades da região.
Os especialistas na área avaliam que as leis a respeito da exploração da biodiversidade brasileira ainda são muito vagas, e portanto dão margem a várias interpretações. (DG)


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