São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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NA CONTRAMÃO

Mastercard, Philip Morris, McDonald's e Glaxo festejam resultados

Mesmo com a crise, múltis ampliam vendas e crescem

DE WASHINGTON

Na contramão do pessimismo que domina o mundo corporativo norte-americano, algumas companhias anunciaram que 2002 foi um bom ano para fazer negócios no Brasil.
A operadora de cartão de crédito Mastercard registrou um "desempenho extremamente positivo" no México e no Brasil, principalmente durante o terceiro trimestre. Os usuários de cartões nesses dois países contribuíram para que a empresa obtivesse o crescimento de 26,3% no volume de dólares nos nove primeiros meses deste ano.
Uma indústria cujas operações cresceram no Brasil foi a Philip Morris. Segundo balanço apresentado à SEC (CVM norte-americana), o volume de vendas foi negativo no México e, surpreendentemente, positivo na Argentina e no Brasil.
Segundo o analista Fernando Carneiro, consultor sênior da Institutional Shareholder Services, o resultado se deve não apenas ao maior consumo de cigarros mas também ao aumento das exportações, a partir do Brasil e da Argentina, estimuladas pela desvalorização cambial.
A rede McDonald's também teve um resultado positivo no Brasil em 2002, principalmente no terceiro trimestre, considerado por ela seu "melhor trimestre em anos" em vendas no país.
A gigante farmacêutica GlaxoSmithKline registrou "crescimento forte" no Brasil devido às vendas do medicamento Infanrix, para difteria e tétano. No México, as vendas da companhia caíram.
As operações da GlaxoSmithKline no Brasil contribuíram em parte para o crescimento de 6% das vendas do laboratório ao redor do mundo.
Além dessas quatro companhias, outras, de menor porte, também conseguiram lucrar em 2002, beneficiadas por fatores muito específicos. Uma delas é a Diebold, conhecida no Brasil por ter vencido a licitação do Tribunal Superior Eleitoral para a fabricação das urnas eletrônicas em 1998 e 2000. Em 2002, a empresa obteve um contrato de US$ 25 milhões para fornecer máquinas eletrônicas para bancos no Brasil. Esse contrato proporcionou em parte um resultado global positivo para a empresa.
A Nextel Brazil, que fornece serviços integrados e produtos de comunicação digital, registrou um fluxo de caixa operacional positivo (US$ 5 milhões) no terceiro trimestre de 2002. Esse resultado indica uma melhora em seu desempenho. No terceiro trimestre 2001, a empresa havia registrado um prejuízo operacional de US$ 20,3 milhões. (MARCIO AITH)


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