São Paulo, sábado, 17 de novembro de 2007

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Em dia fraco, dólar sobe para R$ 1,747

Movimentação no câmbio foi estimada em um terço do normal; Bovespa tem alta semanal de 0,45%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A movimentação menos intensa deu o tom no mercado doméstico na volta do feriado. Com os negócios reduzidos a cerca de um terço do normal, o dólar se apreciou 0,75% diante do real e encerrou a R$ 1,747.
Na quarta-feira a moeda norte-americana foi vendida em seu mais baixo valor desde março de 2000, a R$ 1,734. A alta de ontem refletiu mais a falta de operações no mercado de câmbio, com muitas instituições financeiras operando em esquema de plantão devido ao feriado de anteontem, do que a uma mudança de rumo da cotação da moeda. No ano, a queda do dólar ainda é expressiva, ficando em 18,25%.
Independente da rota do câmbio no dia, o BC tem realizado leilões para comprar dólares. Se a entrada de recursos no país estivesse menos intensa, as compras do BC poderiam estar empurrando a cotação da divisa estrangeira para cima, mas isso não tem ocorrido. Ontem o BC comprou ao menos US$ 100 milhões no mercado.
A Bovespa teve um dia de muito sobe-e-desce e acabou encerrando as operações praticamente estável (-0,03%). Na semana, subiu 0,45%.
O índice Ibovespa, que reúne as 63 ações nacionais de maior liquidez, abriu em queda, chegando a recuar 1,55%. Com a abertura positiva do mercado americano, a Bolsa encontrou ânimo para se recuperar, saiu do vermelho e teve alta de 0,26% no melhor momento.
Em Wall Street, o índice Dow Jones computou elevação de 0,51%; a Nasdaq subiu 0,72%. Os papéis da FedEx estiveram entre os destaques de baixa, com perdas de 4,5%, após a empresa ter revisto para menor sua projeção de lucro.
O mercado acionário europeu teve uma sexta pouco empolgante, com baixas nas principais Bolsas: Londres perdeu 1,08%, seguida de Frankfurt (-0,71%) e Paris (-0,67%).
A Bolsa de Tóquio caiu 1,57%.
No mercado londrino, as ações dos bancos voltaram a ser as vilãs. Os papéis do Barclays recuaram 4,05%, os do Lloyds TSB perderam 2,14% e os do HSBC caíram 1,80%. O setor bancário tem sido o mais prejudicado pela crise que abateu o segmento de crédito imobiliário americano de alto risco ("subprime") e começou a incomodar o mercado ainda no fim de julho. A expectativa é que, além dos prejuízos registrados no terceiro trimestre, os bancos demonstrem perdas nos balanços desses últimos meses de 2007.
No pregão da Bovespa de ontem um dos destaques de alta foram os papéis units da Sul América, que subiram 3,96%. A companhia divulgou que teve lucro líquido de R$ 259 milhões nos primeiros nove meses de 2007, o que representou crescimento de 218,1% em relação ao mesmo período de 2006.


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