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Em dia fraco, dólar sobe para R$ 1,747
Movimentação no câmbio foi estimada em um terço do normal; Bovespa tem alta semanal de 0,45%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A movimentação menos intensa deu o tom no mercado
doméstico na volta do feriado.
Com os negócios reduzidos a
cerca de um terço do normal, o
dólar se apreciou 0,75% diante
do real e encerrou a R$ 1,747.
Na quarta-feira a moeda norte-americana foi vendida em
seu mais baixo valor desde
março de 2000, a R$ 1,734. A alta de ontem refletiu mais a falta
de operações no mercado de
câmbio, com muitas instituições financeiras operando em
esquema de plantão devido ao
feriado de anteontem, do que a
uma mudança de rumo da cotação da moeda. No ano, a queda
do dólar ainda é expressiva, ficando em 18,25%.
Independente da rota do
câmbio no dia, o BC tem realizado leilões para comprar dólares. Se a entrada de recursos no
país estivesse menos intensa,
as compras do BC poderiam estar empurrando a cotação da
divisa estrangeira para cima,
mas isso não tem ocorrido. Ontem o BC comprou ao menos
US$ 100 milhões no mercado.
A Bovespa teve um dia de
muito sobe-e-desce e acabou
encerrando as operações praticamente estável (-0,03%). Na
semana, subiu 0,45%.
O índice Ibovespa, que reúne
as 63 ações nacionais de maior
liquidez, abriu em queda, chegando a recuar 1,55%. Com a
abertura positiva do mercado
americano, a Bolsa encontrou
ânimo para se recuperar, saiu
do vermelho e teve alta de
0,26% no melhor momento.
Em Wall Street, o índice Dow
Jones computou elevação de
0,51%; a Nasdaq subiu 0,72%.
Os papéis da FedEx estiveram
entre os destaques de baixa,
com perdas de 4,5%, após a empresa ter revisto para menor
sua projeção de lucro.
O mercado acionário europeu teve uma sexta pouco empolgante, com baixas nas principais Bolsas: Londres perdeu
1,08%, seguida de Frankfurt
(-0,71%) e Paris (-0,67%).
A Bolsa de Tóquio caiu 1,57%.
No mercado londrino, as
ações dos bancos voltaram a ser
as vilãs. Os papéis do Barclays
recuaram 4,05%, os do Lloyds
TSB perderam 2,14% e os do
HSBC caíram 1,80%. O setor
bancário tem sido o mais prejudicado pela crise que abateu o
segmento de crédito imobiliário americano de alto risco
("subprime") e começou a incomodar o mercado ainda no
fim de julho. A expectativa é
que, além dos prejuízos registrados no terceiro trimestre, os
bancos demonstrem perdas
nos balanços desses últimos
meses de 2007.
No pregão da Bovespa de ontem um dos destaques de alta
foram os papéis units da Sul
América, que subiram 3,96%. A
companhia divulgou que teve
lucro líquido de R$ 259 milhões
nos primeiros nove meses de
2007, o que representou crescimento de 218,1% em relação ao
mesmo período de 2006.
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