São Paulo, terça-feira, 17 de dezembro de 2002

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COMÉRCIO EXTERNO

Exportação sobe

Superávit da balança encosta em US$ 12 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Descontadas as compras feitas no exterior, o país recebeu mais US$ 366 milhões na semana passada pela venda de produtos a países estrangeiros. No ano, o superávit da balança comercial acumula saldo de US$ 11,982 bilhões.
Tanto o Banco Central como o mercado financeiro acreditam, porém, que o superávit chegará a US$ 12,5 bilhões até o final do ano. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, as exportações estão 15,6% maiores em dezembro em relação ao mesmo mês de 2001. As importações cresceram 6%.
Mas são os dados anuais que revelam a importância da alta do dólar na balança comercial deste ano. As importações caíram 16,3% em relação ao ano passado e as exportações subiram 2%.
Com a elevada cotação da moeda americana, os produtos estrangeiros ficaram mais caros. Já as exportações não subiram tanto por causa do baixo crescimento interno e mundial. O Ministério da Fazenda espera que a taxa de crescimento calculada pelo IBGE fique em torno de 1,5%.
Até a segunda semana de dezembro, o país vendeu US$ 57,632 bilhões ao exterior e comprou US$ 45,650 bilhões. Em dezembro, as exportações acumulam US$ 2,513 bilhões e as importações, US$ 1,851 bilhões.
O ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento) classificou o resultado da balança até agora de "extraordinário". "Isso é extremamente importante para o país num momento em que nós sabemos que há retração da disponibilidade de recursos para o desenvolvimento."
O aumento das exportações em dezembro foi puxado pelas vendas de produtos básicos (soja em grão e farelo, petróleo, café em grão, minério de ferro, carne bovina e suína) e manufaturados (automóveis, motores, açúcar refinado e suco de laranja, entre outros).
Do lado das importações, o aumento em relação ao mesmo mês de 2001 foi causado pelas compras de combustíveis, borracha, plásticos, químicos, cereais e produtos de moagem.
A balança comercial vem registrando superávits mensais consecutivos desde maio de 2001. Os superávits são fundamentais para o país poder reduzir o seu déficit (pagamentos de juros da dívida externa, viagens internacionais) com o exterior.
Amaral disse que a melhora da balança comercial brasileira ainda não encontrou repercussão no mercado financeiro. "O Brasil reduziu a vulnerabilidade do balanço de pagamentos [entradas e saídas de dólares"", afirmou. Mas, apesar dos números, o ministro reclamou que a resposta do mercado é "tímida".
Segundo ele, o bom desempenho da balança também é um resultado da busca de novos mercados para os produtos brasileiros.
Durante todo o segundo semestre, o saldo da balança comercial tem sido superior a US$ 1 bilhão.


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