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COMÉRCIO EXTERNO
Exportação sobe
Superávit da balança encosta em US$ 12 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Descontadas as compras feitas
no exterior, o país recebeu mais
US$ 366 milhões na semana passada pela venda de produtos a
países estrangeiros. No ano, o superávit da balança comercial acumula saldo de US$ 11,982 bilhões.
Tanto o Banco Central como o
mercado financeiro acreditam,
porém, que o superávit chegará a
US$ 12,5 bilhões até o final do ano.
Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, as exportações estão 15,6% maiores
em dezembro em relação ao mesmo mês de 2001. As importações
cresceram 6%.
Mas são os dados anuais que revelam a importância da alta do
dólar na balança comercial deste
ano. As importações caíram
16,3% em relação ao ano passado
e as exportações subiram 2%.
Com a elevada cotação da moeda americana, os produtos estrangeiros ficaram mais caros. Já
as exportações não subiram tanto
por causa do baixo crescimento
interno e mundial. O Ministério
da Fazenda espera que a taxa de
crescimento calculada pelo IBGE
fique em torno de 1,5%.
Até a segunda semana de dezembro, o país vendeu US$ 57,632
bilhões ao exterior e comprou
US$ 45,650 bilhões. Em dezembro, as exportações acumulam
US$ 2,513 bilhões e as importações, US$ 1,851 bilhões.
O ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento) classificou o resultado da balança até agora de
"extraordinário". "Isso é extremamente importante para o país
num momento em que nós sabemos que há retração da disponibilidade de recursos para o desenvolvimento."
O aumento das exportações em
dezembro foi puxado pelas vendas de produtos básicos (soja em
grão e farelo, petróleo, café em
grão, minério de ferro, carne bovina e suína) e manufaturados
(automóveis, motores, açúcar refinado e suco de laranja, entre outros).
Do lado das importações, o aumento em relação ao mesmo mês
de 2001 foi causado pelas compras
de combustíveis, borracha, plásticos, químicos, cereais e produtos
de moagem.
A balança comercial vem registrando superávits mensais consecutivos desde maio de 2001. Os
superávits são fundamentais para
o país poder reduzir o seu déficit
(pagamentos de juros da dívida
externa, viagens internacionais)
com o exterior.
Amaral disse que a melhora da
balança comercial brasileira ainda não encontrou repercussão no
mercado financeiro. "O Brasil reduziu a vulnerabilidade do balanço de pagamentos [entradas e saídas de dólares"", afirmou. Mas,
apesar dos números, o ministro
reclamou que a resposta do mercado é "tímida".
Segundo ele, o bom desempenho da balança também é um resultado da busca de novos mercados para os produtos brasileiros.
Durante todo o segundo semestre, o saldo da balança comercial
tem sido superior a US$ 1 bilhão.
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