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Tesouro Direto é boa opção conservadora
Investimento pode ser feito sem intermediação de instituição financeira; rentabilidade acumulada em 12 meses é de 15,12%
Títulos com vencimento superior a 720 dias pagam a menor alíquota de Imposto de Renda, de 15%, de acordo com tabela regressiva
MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o cenário de desaceleração do crescimento econômico
global, de instabilidade do mercado financeiro e da possibilidade de interrupção da queda
de juros por um bom tempo, investidores devem considerar
aplicações mais conservadoras,
ao menos para uma parte de
suas economias.
Para quem quiser escapar
das taxas de administração cobradas pelos fundos de investimentos, a aplicação pelo Tesouro Direto é uma alternativa.
A rentabilidade do investimento tem sido maior que nos fundos de renda fixa de baixo risco,
sem alavancagem, porque o
custo é menor, na maior parte
das corretoras de valores.
A rentabilidade geral acumulada de títulos públicos em 12
meses é de 15,12%, de acordo
com IMA (Índices de Mercado
Andima). O IMA-Geral é o resultado da ponderação das variações de cada índice, dentre
eles o IMA-C, de títulos atrelados ao IGP-M (NTN-C), que
nos últimos 360 dias registrou
alta de 29,95%.
A rentabilidade média de
fundos de investimentos em 12
meses nas categorias curto prazo, referenciado DI e renda fixa
foi de 11,62%, 11,65% e 12,08%
respectivamente, segundo a
Anbid (Associação Nacional de
Bancos de Investimento).
Papéis
Um exemplo de título público, a NTN-B Principal (Nota do
Tesouro Nacional, série B),
com vencimento em 2015, oferece 7,57% de juros ao ano,
além da correção pelo IPCA
(Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo).
No curto prazo, conforme o
nervosismo do mercado, as taxas podem oscilar. Mas no vencimento do papel, o investidor
receberá o valor previsto inicialmente, na compra do título.
Como funciona
Pelo Tesouro Direto, o investidor aplica em títulos do governo federal, diretamente pela
internet, sem intermediação de
uma instituição financeira, diferentemente do que ocorre
nos fundos, em que há um gestor que escolhe os papéis e faz o
investimento.
Em muitas corretoras, as taxas para aplicação no Tesouro
Direto são muito menores do
que as taxas cobradas nos fundos de investimentos. Daí a
vantagem da aplicação no Tesouro Direto.
Se o investidor precisar do
dinheiro antes do vencimento
do papel, o Tesouro Nacional se
compromete a recomprá-lo. A
recompra ocorre semanalmente, porém, a valor de mercado.
Custo
Sempre que possível, o investidor deve comprar títulos com
vencimento superior a 720 dias
para pagar a menor alíquota de
Imposto de Renda, de 15%, de
acordo com a tabela regressiva.
O aplicador deve comparar
as taxas cobradas pelas corretoras. O site do Tesouro Direto
publica um ranking com as instituições que cobram os menores valores. A corretora Socopa
não cobra nada pelo serviço.
Das 33 corretoras do ranking
com custos mais baixos, apenas
quatro instituições são ligadas
a bancos: HSBC, que cobra
0,30% ao ano; o Unibanco, cuja
tarifa é de 0,35%; além de ABN
Amro Real e da Caixa Econômica Federal, com 0,40%.
Os maiores bancos privados
brasileiros, Bradesco e Itaú,
não entram no ranking. Cobram taxa de 4% que inviabiliza
a aplicação no Tesouro Direto,
criado para possibilitar ao pequeno investidor o acesso a títulos públicos a um custo baixo.
Há ainda uma taxa fixa de
0,40% ao ano para a CBLC (Câmara Brasileira de Liquidação e
Custódia).
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