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Risco-país vai a 186 pontos, menor nível da história
Bolsa de SP sobe 0,26%, e dólar recua para R$ 2,135
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A percepção de que a demanda por títulos da dívida de
emergentes está em ritmo crescente levou o risco-país brasileiro a seu menor nível histórico. O Embi+, que mede a oscilação do risco de 18 emergentes,
também desceu a seu mais baixo patamar já registrado.
No fim das operações de ontem, o risco brasileiro marcava
186 pontos (-3,1%). O Embi+
registrava recuo de 3% no fim
dos negócios, aos 165 pontos.
Atento ao apetite internacional, o Tesouro Nacional anunciou sua intenção de ampliar a
emissão de títulos da dívida no
exterior em reais e com prazos
de vencimento maiores.
O risco-país é calculado pelo
banco norte-americano JP
Morgan e mostra o apetite dos
grandes investidores internacionais por papéis da dívida de
emergentes. A queda do risco
indica que os investidores estão
procurando os títulos com
maior interesse. O movimento
sinaliza que eles entendem que
o país emissor de determinado
papel carrega riscos mais brandos de dar calote.
Apesar de o mercado praticamente ter descartado as chances de os juros caírem nos Estados Unidos nas duas próximas
reuniões do Fed (o banco central americano), poucos analistas contam com a possibilidade
de as taxas serem elevados neste primeiro semestre.
Dessa forma, cresceu a sensação de que a procura por títulos mais rentáveis -como os do
Brasil- vai fazer com que a
quantidade de papéis desse tipo disponível no mercado se
torne insuficiente para atender
toda a demanda.
A divulgação do livro bege
(uma compilação de dados econômicos dos EUA) ontem não
chegou a movimentar muito o
mercado financeiro global. Segundo o documento, a economia americana tem crescido
em ritmo modesto. Já o resultado do PPI (índice de preços
ao produtor) de dezembro ficou acima do esperado e desagradou aos investidores.
Na Europa, destaque para as
quedas nas Bolsas de Valores
de Paris (-0,53%), Madri
(-0,43%) e Frankfurt (-0,23%).
A Bolsa de Valores de São
Paulo chegou a registrar baixa
de 0,87%, mas se recuperou e
encerrou com alta de 0,26%.
A recuperação no preço do
barril de petróleo ajudou a
equilibrar os pregões.
O dólar cai 0,28% e fechou a
R$ 2,135.
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