São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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Risco-país vai a 186 pontos, menor nível da história

Bolsa de SP sobe 0,26%, e dólar recua para R$ 2,135

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A percepção de que a demanda por títulos da dívida de emergentes está em ritmo crescente levou o risco-país brasileiro a seu menor nível histórico. O Embi+, que mede a oscilação do risco de 18 emergentes, também desceu a seu mais baixo patamar já registrado.
No fim das operações de ontem, o risco brasileiro marcava 186 pontos (-3,1%). O Embi+ registrava recuo de 3% no fim dos negócios, aos 165 pontos.
Atento ao apetite internacional, o Tesouro Nacional anunciou sua intenção de ampliar a emissão de títulos da dívida no exterior em reais e com prazos de vencimento maiores.
O risco-país é calculado pelo banco norte-americano JP Morgan e mostra o apetite dos grandes investidores internacionais por papéis da dívida de emergentes. A queda do risco indica que os investidores estão procurando os títulos com maior interesse. O movimento sinaliza que eles entendem que o país emissor de determinado papel carrega riscos mais brandos de dar calote.
Apesar de o mercado praticamente ter descartado as chances de os juros caírem nos Estados Unidos nas duas próximas reuniões do Fed (o banco central americano), poucos analistas contam com a possibilidade de as taxas serem elevados neste primeiro semestre.
Dessa forma, cresceu a sensação de que a procura por títulos mais rentáveis -como os do Brasil- vai fazer com que a quantidade de papéis desse tipo disponível no mercado se torne insuficiente para atender toda a demanda.
A divulgação do livro bege (uma compilação de dados econômicos dos EUA) ontem não chegou a movimentar muito o mercado financeiro global. Segundo o documento, a economia americana tem crescido em ritmo modesto. Já o resultado do PPI (índice de preços ao produtor) de dezembro ficou acima do esperado e desagradou aos investidores.
Na Europa, destaque para as quedas nas Bolsas de Valores de Paris (-0,53%), Madri (-0,43%) e Frankfurt (-0,23%).
A Bolsa de Valores de São Paulo chegou a registrar baixa de 0,87%, mas se recuperou e encerrou com alta de 0,26%.
A recuperação no preço do barril de petróleo ajudou a equilibrar os pregões.
O dólar cai 0,28% e fechou a R$ 2,135.


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