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Nova regra do FGTS deve beneficiar consórcio
Modalidade para a compra de imóveis é indicada a quem pode esperar para pegar as chaves e tem capacidade de poupar
Instrumento também está sendo cada vez mais usado para a aquisição de imóveis de veraneio ou para os que servirão para investimento
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
A aprovação, em dezembro,
de novas regras para a utilização de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço) em consórcios imobiliários deve dar um novo impulso a esse instrumento financeiro, de acordo com especialistas do setor.
Segundo estimativa da Abac
(Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios),
o número de consumidores que
possuem esse tipo de plano para a aquisição de imóveis deve
fechar 2009 com alta de cerca
de 3,6%. Para este ano, entretanto, a expectativa é de crescimento de 10%.
Antes, só era permitido usar
o FGTS para dar um lance no
consórcio e obter a carta de crédito. Agora, pode-se empregar
o dinheiro para pagar parcelas,
amortizar o saldo devedor ou
quitar o plano.
O consórcio sempre foi visto
pelos consumidores com um
certo preconceito, mas pode
ser uma opção atraente se o interessado em adquirir um imóvel conhecer bem o produto e
analisar se as suas metas e interesses casam com as características do instrumento.
O ideal é que o interessado
tenha um prazo de médio a longo para comprar sua casa ou
seu apartamento -por exemplo, pensa em casar ou aumentar a família dali a três ou quatro anos- e também que possua alguma reserva de recursos,
a qual tenha condições de ir engordando ao longo do tempo,
para dar um lance quando estiver mais próximo do momento
em que precisará do imóvel. O
segredo para dar certo, portanto, é um bom planejamento.
"A vantagem do consórcio é
que o produto une um mecanismo de poupança programada com o investimento na construção do patrimônio familiar",
afirma Paulo Roberto Rossi,
presidente-executivo da Abac.
Na prática, funciona como
um financiamento habitacional com custos bem pequenos
-no caso, uma taxa de administração de 1% a 1,5% ao ano,
enquanto o crédito convencional para imóveis cobra juros de
até 12% ao ano. O consumidor
só precisa ter certeza de que
pode esperar alguns anos para
pegar as chaves.
"Se algum cliente me diz que
está adquirindo uma cota porque tem sorte e vai ser sorteado
logo, desencorajo. Não é a melhor alternativa, porque pode
decepcionar", frisa Márcio Murad, gerente geral de seguros do
grupo imobiliário Apsa.
Outros propósitos
Considerando as propriedades do consórcio, os consumidores estão lançando mão do
produto para satisfazer desejos
que não apenas o de conquistar
a sua primeira residência.
É cada vez maior o número
de pessoas que utiliza tal ferramenta para comprar uma casa
de veraneio na praia ou no campo. Esse é um objetivo que pode
esperar para ser alcançado.
Outra ideia é fazer um consórcio para adquirir um imóvel
como investimento. Quando a
sala comercial ou o apartamento efetivamente se materializar, é possível utilizar o aluguel
que render para abater as prestações restantes.
Essencial, a fim de evitar problemas, é conferir se a instituição que está vendendo o consórcio está devidamente registrada no BC -é só consultar o
site www.bcb.gov.br.
Além disso, é preciso ler com
cuidado o contrato do produto
para saber como é feito o reajuste das parcelas e a organização do grupo. Não custa, ainda,
participar das assembleias para
ver o andamento do plano.
A Abac (www.abac.org.br)
coloca os seus advogados à disposição do consumidor para tirar dúvidas.
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