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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Risco-país pode conter alta do câmbio
Apesar da preocupação com
a excessiva valorização do câmbio nas últimas semanas, o governo não pensa em adotar nenhuma medida fora do receituário normal, como centralização cambial ou mudança do
regime, para conter esse processo.
A equipe econômica do governo aposta na manutenção
na atual política para conseguir
frear a contínua valorização
cambial. As duas principais armas são a redução do juro e as
intervenções que já vêm sendo
feitas no mercado pelo Banco
Central.
Há, no entanto, outro fato
que pode contribuir para esse
processo. A expectativa por
parte do governo é que, em breve, o risco-país do Brasil pare
de cair, e isso poderá fazer com
que se estabilize a entrada de
recursos externos no país, o
que pode ajudar a conter a valorização do real.
O risco-país do Brasil se encontra, hoje, na faixa de pouco
mais de 180 pontos, enquanto
na média dos países emergentes está em 160 pontos. A equipe econômica acha que o Brasil
deve chegar à média dos emergente, e, depois, o risco-país irá
ficar estacionado.
Caso isso ocorra, o ingresso
de dinheiro de fora também deve parar de crescer. Hoje, como
o risco-país do Brasil cai mais
velozmente do que o dos demais emergentes, a parcela de
investimentos externos também tem se elevado.
De qualquer forma, o principal instrumento com que conta
o governo para frear a valorização do câmbio é mesmo a queda dos juros. O risco-país é apenas um elemento adicional que
pode ajudar a conter a valorização excessiva do real.
A opinião do governo é que o
Banco Central irá manter o ritmo de queda da taxa de juro, independentemente de mudança
ou não na diretoria. Isso porque não há nenhum sinal de
pressão inflacionária, tanto interna quanto externa.
O susto de dezembro e janeiro da inflação foi muito mais
por motivos episódicos do que
por qualquer outra razão. A pequena alta da inflação se deu
por conta de aumentos tradicionais dessa época do ano, como mensalidade escolar e
transporte urbano. A tendência
é a de a taxa repetir o comportamento do ano passado.
ASSINATURA FAMILIAR
O trabalho foi maior que o esperado para o arquiteto Fernando Iglesias, responsável pelo projeto do Porto Rubayat,
nova unidade da rede de restaurantes de São Paulo. "Ele era
para ser bem menor, mas, quando estávamos quase inaugurando, compramos um terreno maior. Foram 22 meses entre projeto e construção." O resultado é um projeto marcado
pela luz natural, que entra no ambiente por uma fachada de
vidro. E, graças a ela, é possível ver o "skyline" da avenida
Brigadeiro Faria Lima, na região oeste da cidade. Autor do
projeto do Figueira, localizado na região dos Jardins, que
também é cercado por vidro, Iglesias diz que os projetos são
diferentes. "A iluminação natural é mais controlada. Ele é
arejado, dá a sensação de ser um espaço aberto, mas é, ao
mesmo tempo, fechado, com ar refrigerado." O restaurante é
comandado por Carlos, irmão do arquiteto. Os dois são filhos do proprietário da rede, Belarmino Iglesias.
HORA DA REFORMA
Uma reforma milionária está na agenda do executivo
Roberto Klabin para seu hotel fazenda Caiman, em Mato
Grosso do Sul. Serão investidos R$ 4 milhões na reforma
do empreendimento. "Vai continuar do mesmo tamanho,
mas vamos mudar de padrão", diz. Ele explica que essa
"mudança de padrão" acontece mais para agradar aos turistas nacionais do que os estrangeiros. "O brasileiro é
muito mais exigente." Localizada dentro de uma estância
de 53 mil hectares que conta até com uma RPPN (reserva
particular do patrimônio natural), a Caiman conta com
23 apartamentos para hospedagem e outros seis, que
atualmente estão fechados. Depois da reforma, o hotel
oferecerá 29 apartamentos.
TRABALHO E FOLIA
Lula marcou reunião na
Quarta-Feira de Cinzas para
discutir o PAC com os ministros da área econômica.
TERCEIRA VIA
Surgiu um terceiro grupo
interessado na compra da
Editora Três. Além de Nelson Tanure e Daniel Dantas,
Domingo Alzugaray tem
conversado com João Camargo, do Grupo Camargo
de Comunicações, e Johnny
Saad, presidente do Grupo
Bandeirantes.
ARIGATÔ
A CNI e sua congênere japonesa Nippon Keidanren
realizam a reunião conjunta
do Comitê Econômico Brasil Japão no dia 6 de março,
em SP. Na programação,
painéis sobre o crescimento
do Brasil e do Japão, apresentação de "cases" de investidores estrangeiros e
oportunidades. Estarão presentes Kenichi Yoshida, diretor da Toyota do Brasil,
Haruka Nishimatsu, CEO da
Japan Airlines, Masanobu
Matsuda, presidente da Panasonic do Brasil e outros.
FUSÃO
O ano passado registrou
um recorde de fusões e aquisições no setor de mineração. Ao todo, foram nove fusões e aquisições (veja quadro ao lado). Segundo pesquisa realizada pela KPMG,
o número de transações no
setor aumentou cerca de
350% sobre 2005, quando
aconteceram apenas duas. A
tendência é que esse mercado continue aquecido. Na
semana passada, a Bovespa
teve forte alta, puxada pelas
ações de empresas de mineração e siderurgia.
BRASILEIRA
A companhia americana
Agility se prepara para iniciar a instalação de um escritório no Brasil. A empresa,
que possui capital de US$
4,5 bilhões e opera atualmente em cem países, pretende investir em logística e
serviços de frete. No mês de
março, representantes da
companhia cumprirão um
programa de visitas e reuniões fixado pelo presidente
da Apex, Juan Quirós.
PROVA DE BALA
Com a determinação do
Ministério do Trabalho para
que as empresas de segurança forneçam coletes à prova
de bala para seus funcionários, a Abrablin (associação
de empresas de blindagem)
estima um mercado potencial de 250 mil pessoas. Com
a atual produção de 25 mil
peças por semestre, serão
necessários cinco anos de
trabalho, de acordo com cálculos da entidade.
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