São Paulo, quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

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Mercado sobe projeção de inflação para 4,8% no ano

Pesquisa semanal do BC com instituições financeiras também apontou que a expectativa para o PIB subiu, de 5,35% para 5,47%

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Economistas consultados pelo Banco Central elevaram a estimativa de inflação pela quarta semana consecutiva e esperam que o índice oficial encerre o ano em 4,8%, ante a projeção anterior de 4,78%.
De acordo com a pesquisa Focus, feita na semana passada e divulgada nesta quarta-feira, é também a quarta vez que a previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) neste ano fica acima da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5%.
O mercado aumentou ainda a estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2010, que foi de 5,35% na medição anterior para 5,47% agora. Para o ano que vem, a estimativa é de crescimento de 4,5%. Isso demonstra que o mercado tem trabalhado com uma economia mais aquecida e, consequentemente, com maiores riscos de pressão inflacionária daqui para frente.
Os economistas mantiveram suas previsões para a taxa básica de juros Selic para 11,25% no fim do ano. A taxa Selic está atualmente em 8,75% anuais -no fim de janeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) manteve a taxa nesse patamar pela quarta reunião seguida. Para 2011, a projeção passou de 11% para 11,25%.
O mercado também elevou as estimativas para outros índices de inflação. A previsão do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) para 2010 passou para 5,51%, ante 5,13%, na quinta semana de alta. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), subiu para 5,26%, sobre previsão de 4,84% da semana anterior.
Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, como contas de luz e aluguéis. A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) subiu de 5,04% para 5,28%. Para o ano que vem, a projeção para os três índices é de 4,5%.

Dólar
A projeção feita pelos economistas para o dólar foi mantida em R$ 1,80. Para o próximo ano, a estimativa é que encerre o ano em R$ 1,85. Ontem a moeda fechou a R$ 1,828.
A previsão para o superavit da balança comercial foi mantida em US$ 10 bilhões, e para o deficit nas transações correntes subiu para US$ 50,05 bilhões -anteriormente estava em US$ 48 bilhões. A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 38 bilhões. A projeção para a relação dívida/PIB subiu de 41,7% para 41,95%.


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