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Após feriado, Bolsa sobe 2,2%; dólar cai a R$ 1,828
Estrangeiro volta a comprar
ações; moeda cai 3% no mês
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O retorno do feriado de Carnaval foi bastante favorável para o mercado acionário brasileiro. A BM&FBovespa aproveitou os pregões de alta lá fora,
especialmente na Europa, e
terminou as operações com
apreciação de 2,17%.
No mercado de câmbio, os investidores mais venderam que
compraram dólares, o que levou a cotação da moeda norte-americana a encerrar em baixa,
de 1,67%. Vendido a R$ 1,828 no
encerramento das operações, o
dólar passou a registrar recuo
no mês, de 3,02%.
A participação dos estrangeiros foi expressiva nas transações de ontem na BM&FBovespa. De acordo com operadores
do mercado, o saldo dos negócios feitos com capital externo
na Bolsa já deve estar positivo
neste mês. O último balanço,
com dados registrados até o dia
11, mostrava que o saldo da categoria estava ainda negativo,
em R$ 178,45 milhões, no mês.
No dia 8, o saldo era bem pior
-negativo em R$ 562,1 milhões.
A ajuda do capital externo fez
com que o retorno do feriado
fosse forte, com R$ 7,36 bilhões
movimentados no pregão.
Com a diminuição das tensões em relação à Grécia, o estrangeiro tem começado a retomar com maior apetite as compras de papéis brasileiros. Ontem, o ministro das Finanças
grego afirmou que o país nem
solicitou nem necessita de socorro financeiro.
Papéis muito comprados pelos estrangeiros, as ações de Petrobras e Vale terminaram com
valorização. Valeu PNA ganhou
3,62%, enquanto Petrobras PN
subiu 1,33%. Entre as ações
mais negociadas, destaque para
BM&FBovespa ON, com apreciação de 2,99%, e Itaú Unibanco PN, com alta de 2,15%.
O índice Ibovespa operou em
terreno positivo durante todo o
dia. Na máxima, bateu em
67.542 pontos, após se apreciar
em 2,56%. No fim do pregão,
marcava 67.284 pontos, o que
representa valorização de
2,88% no mês. A baixa no ano
tem encolhido e já é de apenas
1,9%.
O mercado acionário europeu teve um dia de ganhos, especialmente animado com resultados corporativos. A Bolsa
de Paris foi a que mais subiu,
1,53%, embalada pelo balanço
trimestral do BNP Paribas
-cujas ações ganharam quase
4% ontem. Em Frankfurt, a
Bolsa se valorizou em 1,01%;
Londres teve alta de 0,62%.
Em Wall Street, os investidores também comemoraram ganhos, mas menos intensos. O
índice Dow Jones subiu 0,39%,
e a Bolsa eletrônica Nasdaq terminou com alta de 0,55%.
Ontem foram divulgados nos
Estados Unidos importantes
dados econômicos. Destaque
para a produção industrial, que
cresceu 0,9%, e as novas construções de imóveis, que alcançaram o maior patamar em seis
meses.
Inflação e juros
A divulgação das expectativas mais elevadas para o IPCA
(índice de preços utilizado pelo
BC para monitorar a inflação)
não chegou a pressionar os juros futuros, mas fez com que
crescesse a expectativa em torno da possibilidade de a taxa
Selic começar a ser elevada já
na reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária) do próximo mês. O boletim semanal
Focus mostrou que o mercado
prevê que o IPCA alcance
4,80% em 2010, ante 4,78% da
previsão anterior.
Depois de esboçar alta na
abertura do pregão, as taxas
nos contratos futuros de juros
mais negociados acabaram por
encerrar comportadas. No contrato DI (que projeta as taxas
futuras) que vence na virada do
ano, a taxa foi de 10,23% na sexta para 10,24% ontem.
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