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Guerra pode definir nova alta da Selic
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro espera a
manutenção da taxa básica de juros nos atuais 26,5% ao ano na
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária) que acontece
entre hoje e amanhã.
Mas há instituições financeiras
que dizem acreditar que a Selic
(taxa básica) possa ser elevada em
até 0,5 ponto percentual, devido à
possibilidade de petróleo e dólar
dispararem em consequência de
um ataque dos EUA ao Iraque.
A desaceleração da escalada dos
preços mostrada pelos últimos índices de inflação divulgados aumentou a expectativa de que o
Copom vá manter os juros inalterados. Conter a disparada dos
preços está entre as maiores preocupações do governo.
O economista-chefe da Febraban, Roberto Troster, diz que o
Copom deve manter ou aumentar
em até 0,50 ponto percentual a taxa de juros.
"Mesmo com os sinais de arrefecimento da inflação, a Selic poderia subir até 0,5 ponto percentual. Até quarta-feira, quando
acaba a reunião [do Copom],
muita coisa pode acontecer no cenário externo", diz Troster.
Para Joaquim Kokudai, diretor
de tesouraria do banco Lloyds
TSB, o Copom não deve mexer
nos juros. "O Copom estará atento às oscilações nos preços do petróleo e do dólar nesses dias. Se
começarem a subir, a Selic poderia acabar sendo elevada em 0,50
ponto percentual", diz Kokudai.
Juros futuros
As projeções dos juros futuros
subiram um pouco ontem na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros). Dos 26,50% do fechamento da última sexta-feira, a taxa do contrato DI -que considera os juros interbancários- de
prazo mais curto foi para 26,54%
anuais ontem, depois de superar
os 26,65% pela tarde. Apesar de a
alta ter sido modesta, aponta que
alguns investidores já não descartam mais a possibilidade de alta
da taxa básica nesta reunião do
Copom.
"A inflação está recuando, mas
mais devagar que o desejado. Por
isso, acredito que haja uma elevação de 0,5 ponto percentual na Selic", afirma Eduardo Freitas, do
Unibanco.
"O discurso recente dos diretores do BC aponta manutenção
dos juros", afirma Aquiles Mosca,
economista do ABN-Amro Asset
Management.
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