DA SUCURSAL DO RIO

Puxado mais uma vez pelos aumentos no atacado, o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) subiu para 1,05% em março -o índice havia ficado em 0,78% em fevereiro, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Influenciados por reajustes da indústria, os preços no atacado, agrupados no IPA (Índice de Preços por Atacado), tiveram uma alta de 1,29%. Em fevereiro, o IPA havia subido menos: 0,84%.
Apesar do aumento dos preços ao produtor, não estão ocorrendo repasses dessas altas para o varejo. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 0,41%. O índice é menor do que o registrado em fevereiro -0,78%.
Mesmo elevado, o IGP-10 ficou um pouco abaixo das previsões do mercado, segundo Alexandre S'Antanna, economista da administradora de recursos ARX. Ele previa uma alta de 1,15%.
De acordo S'Antanna, a pressão ficou concentrada em alguns produtos industrias -aço e derivados, ovos e óleo de soja. Para ele, não estão acontecendo "repasses significativos ou generalizados" para o consumidor.
Segundo S'Antanna, a preocupação do BC com os aumentos na indústria -e seus eventuais repasses para o varejo- devem se arrefecer após a divulgação do IPG-10, que revelou desaceleração desses itens.
De acordo com S'Antanna, estão ocorrendo apenas repasses "localizados" e que já eram previstos.


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