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NO PASSO DO TANGO
PIB cresceu 8,7%
Investimento tem alta de 38% na Argentina
CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES
A taxa de investimentos na Argentina cresceu 38,1% em 2003
em relação ao ano anterior, chegando a 36,6 bilhões de pesos.
Com isso, o país recuperou a queda sofrida no ano anterior, de
36,4%. Os dados foram divulgados ontem pelo Indec, o órgão de
estatística do governo argentino.
A melhora na taxa de investimentos (formação bruta de capital fixo, na linguagem técnica) foi
impulsionada pelos setores de
equipamentos duráveis de produção e de construção.
O primeiro sofreu uma variação
positiva de 45,1% em 2003 em relação ao ano anterior, chegando a
12 bilhões de pesos. Já os investimentos em construção subiram
35% (24,7 bilhões de pesos). Os
dois setores haviam registrado
fortes quedas em 2002: 44,2% e
32,2%, respectivamente.
O Indec também confirmou ontem que o crescimento da economia do país ficou acima dos 8%
em 2003. Números preliminares
apresentados em janeiro apontavam que o índice seria de 8,4%. O
dado oficial de ontem foi 8,7%.
É a primeira vez que a economia
argentina cresce em cinco anos.
Entre 1999 e 2002, o PIB (Produto
Interno Bruto) argentino recuou
quase 20% - sendo 10,9% apenas em 2002.
Novas idéias
Em novos trechos de entrevista
divulgada pelo diário "Clarín"
ontem, a diretora-gerente interina do FMI (Fundo Monetário Internacional), Anne Krueger, afirmou esperar "idéias novas" dos
presidentes do Brasil, Luiz Inácio
Lula da Silva, e da Argentina, Néstor Kirchner, que se uniram para
propor mudanças nas regras do
organismo. Sem dar detalhes,
Krueger disse que o próprio FMI
irá apresentar, em duas ou três semanas, estudo sobre o tema.
Os dois presidentes acordaram
que irão atuar em conjunto para
que os gastos de infra-estrutura
sejam considerados investimentos e que as metas com o FMI não
comprometam o crescimento.
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