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Portos têm prazo para cumprir norma
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Um grupo técnico interministerial, coordenado pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional)
da Presidência da República, definiu o dia 30 de junho como data-limite para que os portos brasileiros que não completaram as
adaptações às exigências do ISPS
Code terminem o processo.
Caso os portos atrasados não se
adaptem até 30 de junho, poderão
sofrer sanções do próprio governo brasileiro, como troca de gestores, multa e o descredenciamento da IMO (Organização Marítima Internacional).
Esta é a primeira vez que medidas práticas estão sendo estudadas para punir os terminais atrasados, segundo o coordenador e
presidente em exercício da Conportos (Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis), João
Carlos Cardoso de Campos.
O ISPS Code (sigla em inglês para Código Internacional de Segurança de Navios e Instalações Portuárias) foi instituído pela IMO, ligada à Organização das Nações
Unidas, depois dos ataques de 11
de setembro de 2001.
Atualmente, 130 dos 218 terminais portuários públicos e privados existentes no país conseguiram a declaração de cumprimento, ou seja, o documento que atesta que o terminal está adaptado às
normas do ISPS Code.
A Conportos, comissão que fiscaliza os terminais para fins de
certificação internacional, estima
que esse número cresça para 180
até o fim do mês de maio.
O maior problema, atualmente,
são os portos públicos. "De uma
fase excelente de processo, hoje
estamos em uma fase satisfatória
devido ao atraso dos nossos portos mais vitais", disse Campos.
Paranaguá e Antonina (PR), Rio
de Janeiro e Sepetiba (RJ), Vitória
(ES), Manaus (AM), Salvador,
Aratu e Ilhéus (BA), Imbituba
(SC) e Recife (PE) são exemplos.
Até agora, houve flexibilidade e
tolerância nos prazos, levando-se
em conta as dimensões do Brasil
em relação aos outros países.
A primeira data estabelecida foi
1º de julho de 2004. O governo
prorrogou o prazo inicial por seis
meses dando aos portos um termo de aptidão (TA) que garantia
condições mínimas de segurança
para a operação portuária.
Em 31 de dezembro de 2004,
poucos terminais haviam conseguido completar suas adaptações.
Depois disso, em 2005, os portos
foram notificados e chamados a
apresentarem justificativas e novo cronograma de obras.
Em janeiro deste ano, o GSI reativou um grupo técnico para visitar os portos atrasados e pressionar seus gestores.
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