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Produtor diz que vai se adequar à lei trabalhista
DA REPORTAGEM LOCAL
Os produtores de tomate
da região de Itapeva, Ribeirão Branco, Guapiara e Capão Bonito vão tomar as providências necessárias para se adequar à legislação trabalhista, segundo José Osmar
Rodrigues Machado, contador de cerca de 200 produtores de tomate de Ribeirão
Branco. Na cidade, existem
cerca de 1.250 produtores.
"O diabo não é tão feio como eles pintam", diz o contador, ao se referir à fiscalização realizada pela Delegacia Regional do Trabalho e pelo
Ministério Público do Trabalho nas lavouras de tomate.
Segundo o contador, cerca
de 2.000 trabalhadores de
Ribeirão Branco dependem
do tomate para sobreviver.
"Coitado do povo da região
se não existissem esses produtores. Eles trabalham direitinho. Algumas falhas
existem, mas são mínimas."
Carmelino Domingues de
Almeida, dono do sítio Alecrim, em Guapiara, um dos
produtores de tomate que
assinaram o TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta)
com o MPT, diz que teve, por
determinação dos fiscais, de
demitir um empregado "com
quase 18 anos" -faltam, segundo ele, cerca de 20 dias
para esse funcionário completar 18 anos.
"Esse rapaz não pára de
chorar, já que foi demitido. O
pessoal do Ministério Público parece que não quer que a
gente trabalhe e dê emprego", afirma o produtor.
Dono de um sítio com oito
hectares e 40 mil pés de tomate, Almeida afirma que
emprega 18 pessoas -todas
têm registro em carteira.
"Esse pessoal da fiscalização
está judiando do povo rural."
Os produtores de tomate,
segundo ele, estão tendo prejuízo com a plantação neste
ano. A caixa de tomate, com
23 quilos sai da lavoura entre
R$ 15 e R$ 18. "Só que, para
dar algum lucro ao produtor,
a caixa deveria estar custando R$ 25", diz Almeida.
O contador Machado diz
que o produtor da região de
Ribeirão Branco que cultiva,
em média, 30 mil pés de tomate, paga R$ 420 para o trabalhador. "Só que o trabalhador tem também participação nos lucros do sítio."
O contador Diego Geraldo
Zuconi diz que três produtores para quem trabalha (sítios Rossi, Chaparral e Juraci) vão contratar uma empresa para assessorá-los sobre normas de saúde e segurança do trabalhador.
"As autuações vão fazer
com que eles regularizem
suas falhas. Já estamos providenciando uma assessoria
adequada."
(FF e CR)
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