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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Competitividade externa
A contínua desvalorização do dólar nesta semana já preocupa toda a cadeia exportadora agrícola do país. A maior preocupação dos exportadores de café, além da queda de receita em dólares, é com a perda de competitividade no mercado externo. Com a valorização do real, o café brasileiro fica mais caro no exterior.

Fraco lá fora...
Além disso, o mercado externo vive um momento fraco, pressionado pela boa oferta de cafés de outras origens e pelos estoques altos. Segundo Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café Verde do Brasil), enquanto o mercado externo está fraco, aqui ele está uma "rocha".

...e forte aqui
Segundo Braga, a redução na oferta da nova safra brasileira de café, que começa a ser colhida entre maio e junho, para algo em torno de 29 milhões de sacas de 60 quilos -cerca de 48 milhões de sacas na anterior-, mantém o mercado interno aquecido apesar da queda do dólar. Um possível aumento da oferta no mercado nacional, por causa da diminuição das exportações, não deverá reduzir os preços do produto, já que a nova safra será menor.

Levantamento de safra
A Conab irá realizar, entre os dias 22 e 26 deste mês, o quarto levantamento da safra 2002/3 no país. Em cinco dias da pesquisa, 68 técnicos visitarão 550 municípios produtores. Os resultados da pesquisa devem ser divulgados no dia 8 de maio. A última estimativa feita pela Conab, em fevereiro, previa safra de grãos de 112,3 milhões de toneladas.

Novo recorde em Chicago
A cotação da soja na Bolsa de Chicago bateu novo recorde ontem, atingindo US$ 6,22 por bushel -o maior nível desde julho de 1998. O aumento acumulado nesta semana é de 3,6%.

Pneumonia asiática
Um dos motivos para a alta da cotação em Chicago foi o bom resultado das exportações de soja dos EUA na última semana, que superou as expectativas. Rumores de atraso nas entregas brasileiras de soja para a China, devido à epidemia da pneumonia asiática, também contribuíram para o aumento.

Saldo comercial maior
As exportações do agronegócio no Estado de São Paulo cresceram 17,2%, para US$ 1,48 bilhão, no primeiro trimestre deste ano sobre igual período de 2002. Já as importações caíram 10,8%. O saldo comercial ficou positivo em US$ 820 milhões, com crescimento de 58,7% no trimestre, diz o Instituto de Economia Agrícola.

Destaques
Os principais destaques nas exportações do agronegócio paulista foram os bovinos (US$ 340 milhões), as frutas e o suco de laranja (US$ 300 milhões) e os produtos florestais (US$ 250 milhões).

Safra de verão
O tempo bom, com poucas chuvas, fez com que os agricultores gaúchos intensificassem a colheita da safra de grãos de verão. Nesta semana, 43% da lavoura de soja já está colhida, contra 19% na semana passada, segundo a Emater/RS.

E-mail:
akianek@folhasp.com.br


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